The Fort Worth Press - Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

USD -
AED 3.673037
AFN 69.382248
ALL 89.087918
AMD 387.74983
ANG 1.804889
AOA 926.842968
ARS 962.762992
AUD 1.470686
AWG 1.80125
AZN 1.701482
BAM 1.753412
BBD 2.022028
BDT 119.677429
BGN 1.76065
BHD 0.376834
BIF 2902.514455
BMD 1
BND 1.293151
BOB 6.920294
BRL 5.415977
BSD 1.001511
BTN 83.756981
BWP 13.175564
BYN 3.277435
BYR 19600
BZD 2.018612
CAD 1.35814
CDF 2870.000027
CHF 0.84791
CLF 0.033747
CLP 931.169811
CNY 7.068699
CNH 7.074965
COP 4177.88
CRC 518.757564
CUC 1
CUP 26.5
CVE 98.854697
CZK 22.553029
DJF 178.315629
DKK 6.70311
DOP 60.121121
DZD 132.549161
EGP 48.527095
ERN 15
ETB 115.255129
EUR 0.898699
FJD 2.201249
FKP 0.761559
GBP 0.754585
GEL 2.682499
GGP 0.761559
GHS 15.773501
GIP 0.761559
GMD 69.000314
GNF 8653.281514
GTQ 7.741513
GYD 209.457218
HKD 7.79473
HNL 24.842772
HRK 6.799011
HTG 131.977784
HUF 354.168009
IDR 15199.35
ILS 3.768145
IMP 0.761559
INR 83.63905
IQD 1311.8884
IRR 42105.000093
ISK 137.040021
JEP 0.761559
JMD 157.339131
JOD 0.708697
JPY 142.913502
KES 129.189463
KGS 84.27502
KHR 4064.964116
KMF 442.502368
KPW 899.999433
KRW 1330.884964
KWD 0.30503
KYD 0.834476
KZT 479.593026
LAK 22113.742419
LBP 89681.239718
LKR 304.846178
LRD 200.268926
LSL 17.448842
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.770379
MAD 9.711993
MDL 17.473892
MGA 4512.201682
MKD 55.240768
MMK 3247.960992
MNT 3397.999955
MOP 8.038636
MRU 39.642644
MUR 45.869908
MVR 15.350156
MWK 1736.363229
MXN 19.342215
MYR 4.20954
MZN 63.898241
NAD 17.448842
NGN 1640.320281
NIO 36.851777
NOK 10.509397
NPR 134.027245
NZD 1.604711
OMR 0.38497
PAB 1.001511
PEN 3.759767
PGK 3.976063
PHP 55.690995
PKR 278.532654
PLN 3.83969
PYG 7817.718069
QAR 3.651075
RON 4.469802
RSD 105.201998
RUB 92.827918
RWF 1348.572453
SAR 3.752625
SBD 8.320763
SCR 13.626575
SDG 601.523004
SEK 10.182245
SGD 1.293565
SHP 0.761559
SLE 22.847303
SLL 20969.494858
SOS 572.343029
SRD 29.852974
STD 20697.981008
SVC 8.762579
SYP 2512.529936
SZL 17.433553
THB 33.195964
TJS 10.644256
TMT 3.51
TND 3.033283
TOP 2.349799
TRY 34.035525
TTD 6.806508
TWD 31.981979
TZS 2724.439905
UAH 41.500415
UGX 3718.795247
UYU 41.141269
UZS 12758.480028
VEF 3622552.534434
VES 36.732281
VND 24580
VUV 118.722009
WST 2.797463
XAF 588.099177
XAG 0.032399
XAU 0.000387
XCD 2.70255
XDR 0.742235
XOF 588.078087
XPF 106.919846
YER 250.350183
ZAR 17.478315
ZMK 9001.205037
ZMW 26.062595
ZWL 321.999592
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento / foto: © AFP

Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

O Líbano recorda nesta sexta-feira (4) o terceiro aniversário da explosão mortal no porto de Beirute sem muitas esperanças de um dia elucidar a verdade por trás da tragédia e julgar os responsáveis, em um cenário de pressão política que bloqueia o processo judicial.

Tamanho do texto:

Em 4 de agosto de 2020, às 18H07, uma das maiores explosões não nucleares da história destruiu bairros inteiros da capital libanesa. Mais de 220 pessoas morreram e mais de 6.500 ficaram feridas.

A explosão foi provocada por um incêndio em um depósito que armazenava, sem as precauções necessárias, toneladas de nitrato de amônio, apesar das advertências aos gerentes do local.

A associação de famílias das vítimas, que luta há três anos para conseguir justiça, convocou uma manifestação para a área do porto.

"É um dia de luto e protesto contra o Estado libanês, que politiza nossa causa e interfere na ação da justiça", declarou à AFP Rima Zahed, que perdeu o irmão Amine, funcionário do porto, na tragédia.

"Três anos depois da explosão, a justiça está bloqueada e a verdade, dissimulada. Nenhuma das pessoas investigadas está na prisão", acrescentou.

As autoridades libanesas rejeitaram os pedidos das famílias por uma investigação internacional e são acusadas de obstruir os inquéritos da justiça local, em um país marcado por profundas divisões políticas e em colapso econômico.

- "Criminosos" -

"Estamos cansados. Não conseguimos fazer nada para que estes criminosos prestem contas", declarou Zahed.

O primeiro juiz responsável pelo caso em 2020 desistiu do processo depois de acusar o ex-primeiro-ministro Hassan Diab e mais três ministros.

Seu sucessor, Tarek Bitar, também investigou líderes políticos, mas o Parlamento se recusou a suspender a imunidade de alguns deputados acusados, o ministério do Interior não aceitou o interrogatório de funcionários de alto escalão e as forças de segurança se negaram a executar as ordens de detenção.

Bitar foi obrigado a suspender a investigação durante 13 meses devido a dezenas de ações judiciais apresentadas contra ele por líderes políticos.

Ele retomou o trabalho em janeiro para surpresa de todos, mas em seguida foi denunciado por insubordinação pelo procurador-geral por acusar várias personalidades do alto escalão do governo.

O procurador também ordenou a libertação de 17 pessoas detidas sem julgamento após a explosão gigantesca.

- Cultura de impunidade -

Em dois anos e meio, o juiz Bitar conseguiu trabalhar durante seis meses, período em que enfrentou muitas pressões que provocaram uma crise sem precedentes no sistema judicial.

Embora não tenha entrado no Palácio de Justiça nos últimos meses, a investigação "continua", informou à AFP um analista do Judiciário que pediu anonimato por razões de segurança.

O analista, que acompanha a investigação, afirmou que o juiz Bitar está determinado a seguir com o trabalho até redigir um documento de acusação, como prometeu às famílias das vítimas.

"Estamos convencidos de que vamos chegar à verdade, porque a verdade não morre enquanto é exigida", disse Rima Zahed.

Quase 300 ONGs e as famílias das vítimas voltaram a pedir na quinta-feira a criação de uma comissão de investigação internacional.

"Uma ação internacional é necessária para romper a cultura da impunidade no Líbano", declarou Ramzi Kaiss, da Human Rights Watch.

"As autoridades usaram todos os meios a sua disposição para minar e obstruir, sem vergonha, a investigação nacional com o objetivo de evitar a prestação de contas", lamentou parte Aya Majzoub, diretora regional adjunta da Anistia Internacional.

S.Palmer--TFWP