The Fort Worth Press - 2023 provavelmente será o ano mais quente da história

USD -
AED 3.672982
AFN 69.341529
ALL 89.034836
AMD 387.423953
ANG 1.803813
AOA 928.497564
ARS 962.737101
AUD 1.467005
AWG 1.8
AZN 1.698888
BAM 1.752415
BBD 2.020823
BDT 119.608265
BGN 1.760945
BHD 0.376828
BIF 2901.136119
BMD 1
BND 1.29238
BOB 6.916171
BRL 5.425799
BSD 1.000914
BTN 83.716457
BWP 13.169307
BYN 3.275482
BYR 19600
BZD 2.017409
CAD 1.356175
CDF 2870.999673
CHF 0.846485
CLF 0.033735
CLP 930.860485
CNY 7.054399
CNH 7.056535
COP 4165.25
CRC 518.478699
CUC 1
CUP 26.5
CVE 98.795796
CZK 22.481007
DJF 178.230951
DKK 6.68147
DOP 60.08153
DZD 132.318019
EGP 48.53034
ERN 15
ETB 115.187488
EUR 0.895798
FJD 2.19835
FKP 0.761559
GBP 0.752355
GEL 2.730006
GGP 0.761559
GHS 15.764174
GIP 0.761559
GMD 68.504871
GNF 8648.20307
GTQ 7.736831
GYD 209.357752
HKD 7.79045
HNL 24.828192
HRK 6.799011
HTG 131.899147
HUF 353.059948
IDR 15091
ILS 3.774495
IMP 0.761559
INR 83.61595
IQD 1311.118478
IRR 42092.499865
ISK 136.410021
JEP 0.761559
JMD 157.248201
JOD 0.708704
JPY 142.14703
KES 129.109745
KGS 84.275012
KHR 4062.396402
KMF 441.350158
KPW 899.999433
KRW 1330.535023
KWD 0.304902
KYD 0.834087
KZT 479.369574
LAK 22100.764289
LBP 89627.804458
LKR 304.66727
LRD 200.173823
LSL 17.438602
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.767579
MAD 9.706293
MDL 17.46575
MGA 4509.533367
MKD 55.207111
MMK 3247.960992
MNT 3397.999955
MOP 8.03489
MRU 39.619734
MUR 45.870213
MVR 15.359616
MWK 1735.530896
MXN 19.313895
MYR 4.187499
MZN 63.850098
NAD 17.438602
NGN 1639.930192
NIO 36.834607
NOK 10.490565
NPR 133.938987
NZD 1.601809
OMR 0.38495
PAB 1.000914
PEN 3.75751
PGK 3.973765
PHP 55.536501
PKR 278.366694
PLN 3.83065
PYG 7813.059996
QAR 3.648899
RON 4.455501
RSD 104.859708
RUB 92.1763
RWF 1347.932048
SAR 3.75252
SBD 8.306937
SCR 13.620704
SDG 601.497663
SEK 10.15669
SGD 1.290315
SHP 0.761559
SLE 22.847303
SLL 20969.494858
SOS 572.007132
SRD 29.853005
STD 20697.981008
SVC 8.757515
SYP 2512.529936
SZL 17.425274
THB 33.108013
TJS 10.639297
TMT 3.5
TND 3.031476
TOP 2.349802
TRY 34.089899
TTD 6.803337
TWD 31.912996
TZS 2727.402968
UAH 41.476059
UGX 3716.579457
UYU 41.116756
UZS 12750.992321
VEF 3622552.534434
VES 36.755452
VND 24567.5
VUV 118.722009
WST 2.797463
XAF 587.732958
XAG 0.032167
XAU 0.000386
XCD 2.70255
XDR 0.741793
XOF 587.732958
XPF 106.857097
YER 250.325041
ZAR 17.518396
ZMK 9001.197264
ZMW 26.047299
ZWL 321.999592
2023 provavelmente será o ano mais quente da história
2023 provavelmente será o ano mais quente da história / foto: © AFP/Arquivos

2023 provavelmente será o ano mais quente da história

As temperaturas médias mundiais durante os três meses do verão no hemisfério norte (junho-julho-agosto) foram as mais elevadas já registradas, anunciou nesta quarta-feira (6) o observatório europeu Copernicus, para o qual 2023 provavelmente será o ano mais quente da história.

Tamanho do texto:

"O colapso climático começou", lamentou o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.

"Nosso clima está implodindo mais rápido do que podemos enfrentar, com fenômenos meteorológicos extremos que afetam todos os cantos do planeta", afirmou em um comunicado. "Os cientistas alertam há muito tempo sobre as consequências de nossa dependência dos combustíveis fósseis", acrescentou.

Ondas de calor, secas, inundações e incêndios afetaram a Ásia, Europa e América do Norte durante o verão boreal, em proporções dramáticas e, em alguns casos, sem precedentes, com mortes e danos elevados para as economias e o meio ambiente.

O hemisfério sul, com recordes de calor em pleno inverno, também foi afetado.

- "120 mil anos" -

"A estação junho-julho-agosto 2023", que corresponde ao verão no hemisfério norte, "foi de longe a mais quente já registrada no mundo, com uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius", anunciou o Copernicus.

O resultado ficou 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registrou um aumento das temperaturas médias do planeta devido à mudança climática provocada pela atividade humana. E superior - quase dois décimos - ao recorde anterior de 2019.

Julho foi o mês mais quente já registrado na história, e agora agosto tornou-se o segundo, detalhou o Copernicus.

E nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta está "apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registrado".

Mas o recorde deve cair em breve, levando em consideração as previsões meteorológicas e o retorno do fenômeno climático 'El Niño' no Oceano Pacífico, que resultará em mais aquecimento.

"Dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", declarou à AFP Samantha Burgess, vice-diretora do serviço de mudança climática (C3S) do Copernicus.

A base de dados de Copernicus remonta a 1940, mas pode ser comparada com o clima dos milênios anteriores, estabelecido graças aos anéis das árvores e aos núcleos de gelo, e sintetizado no relatório mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.

A partir desta base de dados, "os três meses que acabamos de vivenciar foram os mais quentes em quase 120 mil anos, ou seja, desde o início da história da humanidade", afirmou Burgess.

- Superaquecimento dos oceanos -

Apesar de três anos consecutivos de 'La Niña', fenômeno inverso ao 'El Niño' que compensa parcialmente o aquecimento, o período 2015-2022 foi o mais quente já registrado.

O superaquecimento dos oceanos, que continuam absorvendo 90% do excesso de calor provocado pela atividade humana desde o início da era industrial, tem um papel crucial no processo.

Desde abril, a temperatura média de superfície dos oceanos registra níveis de calor inéditos.

"De 31 de julho a 31 de agosto, esta temperatura superou todos os dias o recorde anterior, de março 2016", destacou o Copernicus, atingindo a marca simbólica inédita de 21°C, muito acima de todos os números registrados até então.

"O aquecimento dos oceanos leva ao aquecimento da atmosfera e ao aumento da umidade, o que provoca chuvas mais intensas e um aumento da energia disponível para os ciclones tropicais", alerta Burgess.

O superaquecimento também afeta a biodiversidade: "Há menos nutrientes no oceano (...) e menos oxigênio, o que ameaça a sobrevivência da fauna e da flora".

"As temperaturas seguirão aumentando enquanto não fecharmos a torneira das emissões", procedentes em grande parte da combustão de carvão, petróleo e gás, conclui a cientista.

X.Silva--TFWP