The Fort Worth Press - Colômbia declara 'estado de comoção interna' por onda de violência

USD -
AED 3.672975
AFN 73.973024
ALL 94.435692
AMD 398.985484
ANG 1.792566
AOA 914.502842
ARS 1046.25038
AUD 1.596704
AWG 1.8
AZN 1.69565
BAM 1.878924
BBD 2.008339
BDT 121.095382
BGN 1.87699
BHD 0.376902
BIF 2942.798136
BMD 1
BND 1.352769
BOB 6.872964
BRL 6.0221
BSD 0.994596
BTN 86.08704
BWP 13.843656
BYN 3.255036
BYR 19600
BZD 1.997963
CAD 1.433865
CDF 2835.000259
CHF 0.90653
CLF 0.036383
CLP 1003.930194
CNY 7.27145
CNH 7.284925
COP 4310.45
CRC 499.654152
CUC 1
CUP 26.5
CVE 105.933384
CZK 24.13201
DJF 177.12131
DKK 7.16161
DOP 61.022941
DZD 134.691133
EGP 50.302399
ERN 15
ETB 124.70473
EUR 0.95986
FJD 2.31435
FKP 0.823587
GBP 0.810274
GEL 2.849733
GGP 0.823587
GHS 15.050235
GIP 0.823587
GMD 72.498078
GNF 8597.089477
GTQ 7.676123
GYD 208.10076
HKD 7.789435
HNL 25.317866
HRK 7.379548
HTG 129.838315
HUF 395.118992
IDR 16305.75
ILS 3.554701
IMP 0.823587
INR 86.529498
IQD 1303.007013
IRR 42087.499839
ISK 140.049954
JEP 0.823587
JMD 156.766675
JOD 0.709397
JPY 155.734497
KES 129.349887
KGS 87.450335
KHR 4007.070736
KMF 479.149959
KPW 900.000111
KRW 1436.774973
KWD 0.30823
KYD 0.828898
KZT 521.173984
LAK 21711.01931
LBP 89070.620899
LKR 295.80171
LRD 195.945816
LSL 18.54339
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.898528
MAD 9.985109
MDL 18.629853
MGA 4662.266671
MKD 59.084755
MMK 3247.960992
MNT 3398.000107
MOP 7.977616
MRU 39.407447
MUR 46.47975
MVR 15.404959
MWK 1724.740852
MXN 20.645005
MYR 4.447001
MZN 63.898512
NAD 18.543568
NGN 1550.390262
NIO 36.597666
NOK 11.310575
NPR 137.736148
NZD 1.766613
OMR 0.384918
PAB 0.99463
PEN 3.715577
PGK 4.050263
PHP 58.538501
PKR 277.304788
PLN 4.079132
PYG 7884.333646
QAR 3.625935
RON 4.776799
RSD 112.43702
RUB 99.499031
RWF 1394.452931
SAR 3.75152
SBD 8.468008
SCR 14.614991
SDG 600.99997
SEK 10.99095
SGD 1.355299
SHP 0.823587
SLE 22.749779
SLL 20969.49992
SOS 568.444918
SRD 35.105029
STD 20697.981008
SVC 8.703045
SYP 13001.999985
SZL 18.539369
THB 33.870498
TJS 10.841772
TMT 3.5
TND 3.180067
TOP 2.342105
TRY 35.64752
TTD 6.754731
TWD 32.761499
TZS 2524.999954
UAH 41.911885
UGX 3675.20996
UYU 43.731386
UZS 12914.909356
VES 55.230482
VND 25200
VUV 118.722008
WST 2.800827
XAF 630.17648
XAG 0.032448
XAU 0.000363
XCD 2.70255
XDR 0.766349
XOF 630.167399
XPF 114.575027
YER 248.99985
ZAR 18.522495
ZMK 9001.20057
ZMW 27.675784
ZWL 321.999592
Colômbia declara 'estado de comoção interna' por onda de violência
Colômbia declara 'estado de comoção interna' por onda de violência / foto: © AFP

Colômbia declara 'estado de comoção interna' por onda de violência

Mais de 100 mortos e milhares de deslocados. Este foi o balanço de cinco dias de uma escalada de violência entre insurgentes e narcotraficantes em diferentes regiões da Colômbia, que levou o presidente Gustavo Petro a declarar o país em "estado de comoção interna" nesta segunda-feira (20).

Tamanho do texto:

"Declara-se o estado de comoção interna e o estado de emergência econômica", informou o presidente na rede X. A decisão permite ao Executivo tomar medidas extraordinárias, como liberar recursos e restringir a mobilidade dos habitantes.

A fronteira com a Venezuela, o sul amazônico e uma região do norte da Colômbia sofrem com a ofensiva das organizações que disputam o controle do território e das rotas do narcotráfico no país que mais produz cocaína no mundo.

Mais cedo nesta segunda, o Ministério da Defesa informou a morte de 20 pessoas no departamento amazônico de Guaviare (sul) em confrontos entre duas facções inimigas das dissidências das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Desde a quinta-feira, a fronteira da Colômbia está em chamas devido a uma investida da guerrilha ELN (Exército de Libertação Nacional) contra dissidentes das Farc e a população civil.

A prolongada investida, que remete às piores épocas do conflito armado, inclui homicídios seletivos e combates que deixaram pelo menos 80 mortos e cerca de 11.000 deslocados nesta região repleta de cultivos de entorpecentes e conhecida como Catatumbo (nordeste).

No departamento de Bolívar (norte), os confrontos entre o ELN e a quadrilha de traficantes Clã do Golfo deixaram nove mortos, informaram as autoridades na sexta-feira.

A violência põe em xeque a aposta de paz do governo do presidente Petro com todos os grupos armados da Colômbia.

Desde que chegou ao poder, em 2022, ele aposta em uma saída negociada para as seis décadas de conflito armado interno, mas pena para chegar a acordos concretos com as guerrilhas, gangues e quadrilhas de narcotraficantes.

Seus opositores o criticam por ser indulgente com os insurgentes e asseguram que as organizações se fortaleceram durante seu mandato.

Há uma "fragmentação" dos grupos, cada vez "mais permeados pelo crime organizado", sem "unidade de comando" clara e que aproveitaram as tréguas pactuadas com o governo para "se expandirem territorialmente e para crescer", explicou à AFP o pesquisador independente Jorge Mantilla.

Por isso, "pode parecer que tudo está explodindo por toda parte", acrescentou.

- Drama na fronteira -

Devido à investida do ELN, Petro determinou a suspensão das negociações de paz com a guerrilha, acusando-a de cometer "crimes de guerra".

"O ELN (...) seguiu os passos de Pablo Escobar, a quem escolheram como seu guia permanente", escreveu o presidente na rede X nesta segunda-feira.

"Escolheu o caminho da guerra e terá a guerra", afirmou.

Até agora, a força pública não chegou a enfrentar os rebeldes nas áreas críticas. Os mais de 5.000 soldados mobilizados se concentraram em resgatar a população em risco para colocá-la a salvo.

O Exército evacuou de helicóptero mais de 230 pessoas, inclusive crianças.

Centenas de habitantes fugiram para a Venezuela, onde o governo ativou uma "operação especial" para atender os deslocados em dois municípios fronteiriços.

Enquanto isso, vários povoados vizinhos, como Tibú, acolhem outros milhares em abrigos improvisados e vigiados por militares.

Um encarregado da autoridade forense informou que os necrotérios do departamento de Norte de Santander, onde fica Catatumbo, estão saturados "250%".

Nas montanhas de Catacumbo, os corpos estão se decompondo, pois os rebeldes impedem seu resgate, segundo o Exército.

- Guerra entre guerrilhas -

Os combates no município amazônico de Calamar ocorreram entre homens sob o comando de "Calarcá", líder de um grupo dissidente que negocia a paz com o governo, e de "Iván Mordisco", líder rebelde que não assinou o histórico acordo de 2016 com as extintas Farc.

"Há 20 mortos e os corpos foram levados para o necrotério de Villavicencio", uma cidade vizinha, afirmou à AFP um encarregado do Ministério da Defesa.

O ministro da Defesa, Iván Velásquez, havia antecipado a uma emissora local que o mais provável é que os mortos sejam membros das facções dissidentes em confronto.

Inicialmente, "Iván Mordisco" estava à frente dos diálogos de paz com o governo, mas sua organização se dividiu em dois.

"Mordisco" deixou a mesa subitamente, mas "Calarcá", um de seus homens de confiança, criou um grupo independente que mantém diálogos com Petro.

Após este racha, os dois viraram inimigos e disputam vários territórios da Colômbia.

O acordo de paz entre o então presidente Juan Manuel Santos e as Farc conseguiu que cerca de 13.000 combatentes e colaboradores do grupo rebelde se reintegrassem à vida civil.

Alguns deles retomaram as armas, alegando descumprimentos do que foi pactuado.

Em mais de meio século, o conflito armado na Colômbia deixou 9,5 milhões de vítimas, a maioria deslocados.

W.Lane--TFWP