The Fort Worth Press - Petro suspende negociações com ELN após maior ataque durante seu governo

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Petro suspende negociações com ELN após maior ataque durante seu governo
Petro suspende negociações com ELN após maior ataque durante seu governo / foto: © AFP/Arquivos

Petro suspende negociações com ELN após maior ataque durante seu governo

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, suspendeu nesta sexta-feira (17) as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), após o maior ataque dos rebeldes durante o seu governo, que deixou mais de 30 mortos na fronteira com a Venezuela.

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Como nas piores épocas do conflito armado interno, os guerrilheiros arremetiam desde ontem contra a população civil na região de Catatumbo, que concentra mais de 52 mil hectares de folha de coca plantados, segundo fontes oficiais. Ali, também enfrentaram dissidentes da extinta guerrilha das Farc que não entregaram as armas após o acordo de paz de 2016.

"O que o ELN cometeu em Catatumbo são crimes de guerra. O processo de diálogo com esse grupo está suspenso, o ELN não tem vontade de paz", publicou Petro nesta sexta-feira na rede social X.

"Já temos dados no local de mais de 30 pessoas assassinadas e de mais de 20 feridos", disse à Rádio Blu William Villamizar, governador do departamento de Norte de Santander, onde fica a área do ataque, sem esclarecer se há civis entre as vítimas. Vários feridos foram levados para hospitais vizinhos. A Defensoria do Povo também registra "dezenas de famílias deslocadas".

Petro começou a dialogar com o ELN no final de 2022, quando se tornou o primeiro esquerdista a chegar à Presidência da Colômbia. Mas esse processo de paz enfrenta crises constantes devido a ataques dos rebeldes, disputas acirradas com outros grupos armados e diferenças entre as partes que impediram a obtenção de acordos concretos.

- Disputa pela coca -

Os confrontos, registrados em povoados vizinhos ao município de Tibú, devem-se a "uma disputa territorial" pelo controle do negócio das drogas na região, segundo Villamizar.

O líder cocaleiro de Catatumbo José del Carmen Abril relatou à AFP que membros do ELN chegaram "derrubando as casas" para tomarem "as fazendas". Também ameaçaram matá-lo.

"Vieram ontem quatro vezes me procurar, e hoje saiu uma publicação dizendo que era o último dia, que tinham que me entregar morto", contou por telefone, depois que o Exército o retirou de helicóptero do local, após ele passar horas escondido.

Catatumbo é uma região historicamente dominada pelas guerrilhas, que disputaram o controle desse território com grupos paramilitares nos anos 2000, época em que os esquadrões da extrema direita tentaram entrar no local a ferro e fogo.

"Não entendemos por que" o ELN decidiu atacar, comentou Abril.

- Diálogos truncados -

"O ELN tem que manifestar, de uma vez por todas, sua intenção, vontade, decisão de chegar à paz", declarou o senador Iván Cepeda, representante do governo nas negociações com essa guerrilha.

A Colômbia é o maior produtor mundial de cocaína, e Tibú é o município que concentra mais plantações de narcóticos, segundo a ONU. A defensora do Povo Iris Marín denunciou que o ELN está "atacando diretamente a população civil" e vai "casa a casa" assassinar pessoas que considera ligadas às dissidências das Farc.

A ONU informou ontem que cinco ex-combatentes da extinta guerrilha que abandonaram as armas após o acordo de paz foram assassinados em Catatumbo.

Iris ressaltou que, desde novembro de 2024, houve alertas sobre a violência "iminente" que "poderia ocorrer se medidas não fossem tomadas", e pediu uma "presença maior da força pública". "É uma disputa, de um lado, pelas receitas ilegais, pelo controle populacional e pelo controle da fronteira com a Venezuela", acrescentou.

Para a funcionária, após a questionada reeleição de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, as "mudanças geopolíticas" afetaram "os interesses dos grupos na região". O comissário de paz do governo, Otty Patiño, denunciou ontem que o ELN está "pagando pistoleiros" para assassinar seu principal assessor.

O governo reprova a falta de vontade da guerrilha para assinar a paz. Já os rebeldes denunciam uma estratégia de Bogotá para dividi-los, ao reconhecer nas negociações a "Los Comuneros del Sur", uma facção dissidente do ELN que opera no departamento de Nariño (sudoeste).

"Isso não é algo isolado. É contínuo, é uma campanha militar" do ELN, disse à AFP Elizabeth Dickinson, analista do International Crisis Group, ressaltando que "a situação da segurança se deteriora muito rapidamente", após um convívio relativamente pacífico entre a guerrilha e as dissidências das Farc no local durante cerca de dois anos.

O grupo guerrilheiro de inspiração guevarista, que pega em armas desde 1964, tem uma força de cerca de 5.800 combatentes e uma ampla rede de colaboradores, de acordo com a inteligência militar.

O ELN já falhou em suas tentativas de assinar a paz com cinco governos. A estrutura federada desta guerrilha tem sido um dos maiores obstáculos para avançar rapidamente em direção a um acordo.

J.Barnes--TFWP