The Fort Worth Press - Violência pós-eleitoral deixa mais de 20 mortos em 24 horas em Moçambique

USD -
AED 3.673031
AFN 70.133986
ALL 94.635739
AMD 399.17399
ANG 1.799356
AOA 911.999459
ARS 1025.610128
AUD 1.60155
AWG 1.8
AZN 1.703082
BAM 1.8785
BBD 2.015848
BDT 119.310378
BGN 1.880197
BHD 0.376795
BIF 2952.312347
BMD 1
BND 1.356673
BOB 6.899102
BRL 6.376797
BSD 0.998415
BTN 84.985833
BWP 13.866398
BYN 3.267349
BYR 19600
BZD 2.009028
CAD 1.43405
CDF 2870.000253
CHF 0.884904
CLF 0.035853
CLP 989.289866
CNY 7.2988
CNH 7.306215
COP 4393.36
CRC 506.939442
CUC 1
CUP 26.5
CVE 105.90693
CZK 24.17465
DJF 177.793786
DKK 7.173032
DOP 60.817365
DZD 135.042981
EGP 50.761042
ERN 15
ETB 127.121932
EUR 0.959099
FJD 2.31865
FKP 0.791982
GBP 0.782901
GEL 2.810241
GGP 0.791982
GHS 14.676079
GIP 0.791982
GMD 72.000164
GNF 8628.919944
GTQ 7.690535
GYD 208.884407
HKD 7.77545
HNL 25.367142
HRK 7.172906
HTG 130.547952
HUF 395.30326
IDR 16181.1
ILS 3.652565
IMP 0.791982
INR 85.398004
IQD 1307.880709
IRR 42087.5015
ISK 139.550177
JEP 0.791982
JMD 155.558757
JOD 0.709299
JPY 155.373954
KES 129.040105
KGS 87.00044
KHR 4012.870384
KMF 466.124963
KPW 899.999441
KRW 1456.535047
KWD 0.30818
KYD 0.832061
KZT 517.226144
LAK 21834.509917
LBP 89407.001873
LKR 294.251549
LRD 181.712529
LSL 18.564664
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.901311
MAD 10.068386
MDL 18.420977
MGA 4709.215771
MKD 59.098113
MMK 3247.960992
MNT 3397.99987
MOP 7.98713
MRU 39.855929
MUR 47.069763
MVR 15.402829
MWK 1731.258704
MXN 20.164602
MYR 4.486979
MZN 63.903729
NAD 18.564664
NGN 1541.159991
NIO 36.738222
NOK 11.27375
NPR 135.977525
NZD 1.768973
OMR 0.384508
PAB 0.998415
PEN 3.717812
PGK 4.05225
PHP 58.660558
PKR 277.955434
PLN 4.094085
PYG 7786.582145
QAR 3.631177
RON 4.7843
RSD 112.517971
RUB 99.841749
RWF 1392.786822
SAR 3.74859
SBD 8.383555
SCR 14.257023
SDG 601.499535
SEK 10.866896
SGD 1.3505
SHP 0.791982
SLE 22.789851
SLL 20969.503029
SOS 570.619027
SRD 35.058002
STD 20697.981008
SVC 8.736493
SYP 2512.530243
SZL 18.572732
THB 34.140375
TJS 10.922538
TMT 3.51
TND 3.183499
TOP 2.342101
TRY 35.195302
TTD 6.784805
TWD 32.709099
TZS 2420.583999
UAH 41.863132
UGX 3654.612688
UYU 44.441243
UZS 12889.593238
VES 51.575851
VND 25430
VUV 118.722003
WST 2.762788
XAF 630.031215
XAG 0.033795
XAU 0.000382
XCD 2.70255
XDR 0.7655
XOF 630.031215
XPF 114.546415
YER 250.375032
ZAR 18.750415
ZMK 9001.189851
ZMW 27.630985
ZWL 321.999592
Violência pós-eleitoral deixa mais de 20 mortos em 24 horas em Moçambique
Violência pós-eleitoral deixa mais de 20 mortos em 24 horas em Moçambique / foto: © AFP

Violência pós-eleitoral deixa mais de 20 mortos em 24 horas em Moçambique

Ao menos 21 pessoas morreram, entre elas dois policiais, em distúrbios que começaram na segunda-feira em Moçambique, após a confirmação da vitória do candidato governista nas contestadas eleições presidenciais de outubro, informou o governo nesta terça (24).

Tamanho do texto:

Na segunda, o Conselho Constitucional de Moçambique ratificou a vitória do candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Daniel Chapo, nas eleições de 9 de outubro, com 65% dos votos. O Conselho atribuiu 24% dos votos para seu principal adversário, Venâncio Mondlane, que denuncia fraudes. A Frelimo está no poder desde 1975, na independência desta ex-colônia portuguesa na África.

O ministro do Interior, Pascoal Ronda, afirmou, nesta terça, que nas últimas 24 horas foram registrados 236 "atos de violência grave", que deixaram, além dos mortos, 25 feridos, 13 deles policiais.

Após uma noite marcada por atos de violência e depois de mais de dois meses de manifestações que se seguiram às eleições, a capital, Maputo, vivia um clima de medo na véspera do Natal.

As principais estradas que levam à capital foram bloqueadas na terça-feira por barricadas e as vias que levam ao aeroporto ficaram intransitáveis em boa parte do dia, constatou a AFP.

Dezenas de manifestantes se concentraram na entrada principal do aeroporto internacional e atearam fogo a contêineres próximos. Apesar disso, não houve cancelamentos de voos.

A polícia patrulhava com veículos blindados o centro da cidade, onde centenas de manifestantes em grupos pequenos e dispersos montaram barricadas nas principais rodovias, improvisadas com troncos de árvores e blocos de pedra.

Na véspera, vários estabelecimentos comerciais - lojas, bancos, supermercados, postos de gasolina - e prédios públicos foram saqueados, tiveram suas vitrines quebradas e seu conteúdo pilhado ou incendiado.

"O hospital central de Maputo funciona em condições críticas, mais de 200 funcionários não conseguiram chegar" ao trabalho, disse à AFP Mouzinho Saide, diretor do centro de saúde, para onde foram levados mais de 90 feridos, "sendo 40 por arma de fogo e quatro por arma branca".

A maioria dos habitantes permanece trancada em casa, e os transportes públicos estão paralisados. Apenas veículos fúnebres e ambulâncias estão circulando.

Nesta terça, a União Europeia expressou "extrema inquietação" com a violência em Moçambique, e pediu "moderação a todas as partes".

- "Humilhação do povo" -

Segundo a imprensa local, veículos, delegacias de polícia e postos de pedágios também foram alvo de atos de vandalismo no norte do país, onde a oposição é forte.

"Grupos de indivíduos com armas brancas e armas de fogo atacaram delegacias, centros de detenção e outras infraestruturas", reportou Ronda.

Mais de 70 pessoas foram detidas, acrescentou.

Nestes incidentes foram incendiados 25 veículos, dois deles viaturas policiais, além de 11 delegacias e uma prisão, da qual fugiram 86 detentos, acrescentou, em declarações à imprensa.

Os protestos pós-eleitorais já deixaram mais de uma centena de mortos, e Mondlane, o principal opositor, que reivindica a vitória, pediu a intensificação do movimento.

Os moçambicanos exigem "a verdade eleitoral", afirmou. "Devemos continuar a luta!".

Apesar das irregularidades assinaladas por vários observadores durante as eleições presidenciais, o Conselho Constitucional confirmou a vitória da Frelimo, que tem ampla maioria dos assentos da Assembleia Nacional (171 de 250).

Mondlane acusou na terça o Conselho Eleitoral de "legalizar a fraude" e permitir a "humilhação do povo".

O partido opositor Podemos, com o qual Mondlane se alinhou nas presidenciais, denunciou à imprensa a "falta de transparência, integridade e profissionalismo" da máxima corte do país.

Muitos habitantes de Moçambique, um dos países mais desiguais do mundo, confiavam em que estas eleições deixariam para trás a Frelimo, formação de inspiração marxista na época da guerra da independência e depois na guerra civil, que terminou em 1990.

C.M.Harper--TFWP