The Fort Worth Press - Irã ameaça Israel com represálias

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Irã ameaça Israel com represálias
Irã ameaça Israel com represálias / foto: © AFP

Irã ameaça Israel com represálias

O líder supremo do Irã prometeu neste sábado (2) retaliar os ataques de Israel, que confirmou ter capturado, em uma operação no Líbano, um agente do movimento islamista Hezbollah, apoiado por Teerã.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou, por sua vez, que seis pessoas, entre elas quatro crianças, ficaram feridas em um "ataque" no norte de Gaza, onde a intensificação da ofensiva israelense contra o Hamas mergulhou a população em condições "apocalípticas", segundo a ONU.

A três dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu represálias "severas" contra qualquer ataque de Israel e dos Estados Unidos.

"Os Estados Unidos, assim como o regime sionista [Israel], precisam saber que certamente receberão uma resposta severa pelo que estão fazendo contra o Irã, a nação iraniana e a frente de resistência", declarou Khamenei.

Em 26 de outubro, Israel bombardeou instalações militares no Irã em retaliação ao ataque iraniano com mísseis contra o território israelense em 1º de outubro.

Israel advertiu o Irã que responderia a uma eventual retaliação ao bombardeio de 26 de outubro, aumentando temores de uma escalada.

O Exército israelense prossegue paralelamente sua guerra contra o Hamas em Gaza e contra o Hezbollah no Líbano, ambos movimentos islamistas apoiados pelo Irã.

- Operação no Líbano -

Israel prometeu destruir o Hamas e lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza após o ataque do grupo palestino ao seu território em 7 de outubro de 2023. Israel também busca neutralizar o Hezbollah, que abriu uma frente de apoio ao Hamas com lançamentos diários de foguetes.

Apesar da pressão internacional, os esforços para pôr fim às hostilidades não surtiram efeito.

Israel anunciou neste sábado ter capturado um "agente libanês de alto escalão do Hezbollah" em uma operação de comando no Líbano e que o "detido" foi "transferido para o território israelense", onde "está sendo interrogado".

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, instou o Ministério das Relações Exteriores a apresentar uma denúncia ao Conselho de Segurança da ONU por essa operação, realizada na sexta-feira em Batrun, ao norte de Beirute.

A operação, informada horas antes por fontes libanesas, é a primeira desse tipo desde o início da guerra aberta entre Israel e Hezbollah, em 23 de setembro.

- Ataque a centro de vacinação -

Israel bombardeou o norte de Gaza, especialmente Jabaliya e Beit Lahia, e Nuseirat, no centro, onde três palestinos foram mortos, segundo a Defesa Civil.

O Exército israelense indicou também que o Hamas disparou do norte da Faixa de Gaza "dois projéteis", que caíram em lugares despovoados.

Israel, que concentra a sua ofensiva desde 6 de outubro no norte do território, afirmou ter "eliminado dezenas de terroristas em Jabaliya" e relatou operações contra o Hamas no sul e no centro do território.

O Exército assegurou ter localizado um túnel na Cidade de Gaza, no norte, que abrigava uma instalação de produção de armas do Hamas na cidade.

Neste sábado, a OMS relatou seis mortos, entre eles quatro crianças, em um "ataque" contra um centro de vacinação antipólio do norte do território.

O ataque aconteceu em "uma zona onde uma trégua humanitária foi acordada para permitir a vacinação", escreveu na rede social X o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que não deu mais detalhes sobre o tipo de ataque ou sua procedência.

Uma fonte da Defesa Civil de Gaza disse à AFP que "dois mísseis israelenses atingiram o muro da clínica Sheikh Radwan".

O Exército israelense ainda não comentou essas informações.

Segundo a OMS, cerca de 119 mil crianças do norte do território esperam por uma segunda dose da vacina oral contra a pólio.

A guerra no território foi desencadeada em 7 de outubro de 2023, quando militantes islamitas mataram 1.206 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel e sequestraram 251, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

Dos 251 sequestrados, cem permanecem reféns no território palestino, mas 34 foram declarados mortos pelo Exército.

A campanha militar israelense de retaliação já deixou 43.314 mortos em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

- Foguetes do Hezbollah contra Israel -

Na frente norte de Israel, o Hezbollah anunciou o lançamento de foguetes contra uma base militar perto de Tel Aviv, "indústrias militares" perto de Haifa e outros alvos no norte do país.

Pelo menos 19 pessoas ficaram feridas em Tira, centro de Israel, quando um projétil caiu sobre um edifício, disseram autoridades, informando que vários foguetes foram interceptados.

Neste sábado, o Exército israelense bombardeou novamente os subúrbios ao sul de Beirute, um reduto do movimento islamista, deixando um morto e 15 feridos, segundo o Ministério da Saúde libanês.

Também bombardeou o sul do país, onde suas forças lançaram uma ofensiva terrestre em 30 de setembro.

Após um ano de trocas de tiros transfronteiriços, em 23 de setembro Israel intensificou os bombardeios contra as posições do Hezbollah no Líbano, afirmando que seu objetivo é neutralizar o movimento na fronteira e permitir o retorno de 60 mil deslocados ao norte do país.

Mais de 1.900 pessoas morreram no Líbano desde a intensificação dos ataques, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

G.Dominguez--TFWP