The Fort Worth Press - Coreia do Sul denuncia acordo de defesa entre Moscou e Pyongyang; Zelensky pede ‘reação firme’

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Coreia do Sul denuncia acordo de defesa entre Moscou e Pyongyang; Zelensky pede ‘reação firme’
Coreia do Sul denuncia acordo de defesa entre Moscou e Pyongyang; Zelensky pede ‘reação firme’ / foto: © SOUTH KOREA'S NATIONAL INTELLIGENCE SERVICE/AFP/Arquivos

Coreia do Sul denuncia acordo de defesa entre Moscou e Pyongyang; Zelensky pede ‘reação firme’

A Coreia do Sul expressou, nesta sexta-feira(25), sua "grave preocupação" pela ratificação de um acordo de defesa entre a Coreia do Norte e a Rússia, o que levou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a cobrar uma "reação firme" de seus aliados.

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Segundo Zelensky, os soldados norte-coreanos começarão a lutar contra as tropas ucranianas a partir de domingo, gerando temores de uma nova "escalada" na guerra entre Rússia e Ucrânia, que começou há 32 meses.

A Coreia do Norte afirma que um destacamento de suas tropas na Rússia estaria em conformidade com o direito internacional, sem confirmar nem desmentir a presença de seus soldados.

"Se isso existe, como falam os meios de comunicação mundiais, acredito que seria um ato conforme às normas do direito internacional", declarou Kim Jong Gyu, vice-ministro das Relações Exteriores encarregado de Assuntos Russos, citado pela KCNA, agência oficial de notícias do regime comunista norte-coreano.

Por sua vez, o presidente ucraniano instou seus aliados ocidentais, que acusam a Coreia do Norte de fornecer armas ao exército russo, a "punir" ambos os países.

"Precisamos de uma reação firme e baseada em princípios por parte dos líderes mundiais", afirmou Zelensky.

A Coreia do Sul expressou sua "grave preocupação pela ratificação" do tratado e exigiu "a retirada imediata das tropas norte-coreanas e a cessação da cooperação ilegal", segundo um comunicado do Ministério sul-coreano das Relações Exteriores.

Os deputados russos ratificaram na quinta-feira, por unanimidade, um acordo de "parceria estratégica global" com a Coreia do Norte.

O texto foi assinado em 19 de junho durante uma visita do presidente russo, Vladimir Putin, a Pyongyang, a capital norte-coreana, e prevê "ajuda militar imediata" se um dos dois países for atacado por outro.

Coreia do Sul e Estados Unidos afirmam que há milhares de soldados norte-coreanos em treinamento na Rússia; Kiev garante que soldados já estão na "zona de combate" na região russa de Kursk, na fronteira com a Ucrânia.

Tanto Coreia do Norte quanto Rússia negaram a existência deste destacamento.

- "Assunto nosso" -

"De acordo com os nossos serviços de inteligência, a Rússia utilizará nos dias 27 e 28 de outubro os primeiros soldados norte-coreanos em zonas de combate", declarou Zelensky no Telegram.

Um alto funcionário da presidência ucraniana disse à AFP, sob condição de anonimato, que esse desdobramento poderia "ocorrer simultaneamente" na linha de frente na Ucrânia e na região russa de Kursk, da qual Kiev controla centenas de quilômetros desde uma ofensiva lançada em agosto.

Segundo John Kirby, porta-voz da Casa Branca, o envio de tropas norte-coreanas "demonstra o quão desesperado está Vladimir Putin".

A presença de soldados norte-coreanos na Rússia e seu possível envolvimento na guerra da Ucrânia é uma "nova escalada" do conflito, criticou o chefe do governo alemão, Olaf Scholz.

O presidente russo reagiu nesta sexta-feira às acusações ocidentais em uma entrevista veiculada pela televisão estatal russa.

"Nos cabe decidir de forma soberana se colocamos algo em prática ou não, onde, como, se precisamos ou se simplesmente vamos organizar, por exemplo, exercícios [militares conjuntos], treinamentos ou compartilhar a experiência" do campo de batalha, declarou durante o encerramento da cúpula dos Brics.

"É assunto nosso", insistiu o líder russo.

O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol advertiu, na quinta-feira, que seu país não ficará "de braços cruzados" diante do envio de tropas norte-coreanas ao território russo e se mostrou disposto a considerar a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia como resposta às ações de Pyongyang.

M.McCoy--TFWP