The Fort Worth Press - Lágrimas por morte de manifestantes e medo por destino de presos na Venezuela

USD -
AED 3.67303
AFN 67.937858
ALL 93.059153
AMD 395.645813
ANG 1.800577
AOA 910.98199
ARS 1009.485722
AUD 1.53532
AWG 1.8
AZN 1.703198
BAM 1.852101
BBD 2.01715
BDT 119.3856
BGN 1.85009
BHD 0.376923
BIF 2951.61298
BMD 1
BND 1.342848
BOB 6.903442
BRL 6.042009
BSD 0.999058
BTN 84.361195
BWP 13.647792
BYN 3.268955
BYR 19600
BZD 2.013741
CAD 1.40057
CDF 2869.999705
CHF 0.88017
CLF 0.035442
CLP 977.940314
CNY 7.2352
CNH 7.24115
COP 4418.2
CRC 510.239352
CUC 1
CUP 26.5
CVE 104.418108
CZK 23.891988
DJF 177.908039
DKK 7.05159
DOP 60.323398
DZD 133.526032
EGP 49.5866
ERN 15
ETB 123.769786
EUR 0.945545
FJD 2.26455
FKP 0.789317
GBP 0.786767
GEL 2.734979
GGP 0.789317
GHS 15.435679
GIP 0.789317
GMD 71.000097
GNF 8610.133859
GTQ 7.70837
GYD 208.949853
HKD 7.78287
HNL 25.277114
HRK 7.133259
HTG 130.97972
HUF 390.394985
IDR 15857
ILS 3.639585
IMP 0.789317
INR 84.508405
IQD 1308.718318
IRR 42075.000105
ISK 137.030289
JEP 0.789317
JMD 157.407539
JOD 0.709302
JPY 150.012043
KES 129.749717
KGS 86.799796
KHR 4026.648611
KMF 466.507104
KPW 899.999621
KRW 1395.403335
KWD 0.30737
KYD 0.83258
KZT 511.63121
LAK 21926.240181
LBP 89464.533449
LKR 290.418042
LRD 179.331048
LSL 18.154537
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.874076
MAD 9.997775
MDL 18.2927
MGA 4664.794814
MKD 58.188025
MMK 3247.960992
MNT 3397.999946
MOP 8.008371
MRU 39.853782
MUR 46.449989
MVR 15.45021
MWK 1732.394566
MXN 20.408585
MYR 4.439763
MZN 63.897632
NAD 18.154537
NGN 1685.440186
NIO 36.763104
NOK 11.04046
NPR 134.980468
NZD 1.68956
OMR 0.384986
PAB 0.999062
PEN 3.748781
PGK 4.028543
PHP 58.639495
PKR 277.734743
PLN 4.072086
PYG 7791.703559
QAR 3.641589
RON 4.706698
RSD 110.616967
RUB 108.072968
RWF 1390.664508
SAR 3.756749
SBD 8.39059
SCR 13.859598
SDG 601.500677
SEK 10.900305
SGD 1.33924
SHP 0.789317
SLE 22.697226
SLL 20969.504736
SOS 570.930734
SRD 35.405013
STD 20697.981008
SVC 8.741519
SYP 2512.529858
SZL 18.162018
THB 34.238502
TJS 10.88979
TMT 3.51
TND 3.155981
TOP 2.342102
TRY 34.69139
TTD 6.788858
TWD 32.49598
TZS 2640.000189
UAH 41.548682
UGX 3686.570486
UYU 42.793763
UZS 12851.66422
VES 47.249984
VND 25346.5
VUV 118.722009
WST 2.791591
XAF 621.174343
XAG 0.03263
XAU 0.000376
XCD 2.70255
XDR 0.764208
XOF 621.174343
XPF 112.930259
YER 249.925011
ZAR 18.05534
ZMK 9001.198844
ZMW 26.948991
ZWL 321.999592
Lágrimas por morte de manifestantes e medo por destino de presos na Venezuela
Lágrimas por morte de manifestantes e medo por destino de presos na Venezuela / foto: © AFP

Lágrimas por morte de manifestantes e medo por destino de presos na Venezuela

"Ai, meu pai". Os filhos de Víctor Bustos, um dos pelo menos 12 civis mortos após protestarem contra a questionada reeleição do presidente Nicolás Maduro, choram inconsoláveis, enquanto abraçam o caixão disposto na sala de sua casa humilde.

Tamanho do texto:

"Tiraram sua vida injustamente, não era uma pessoa ruim, nenhum malandro, ele só saiu...", soluça Jennifer Ibarra, prima de Víctor, sem conseguir completar a frase.

Francisco Bueno, também primo deste trabalhador de 35 anos que caiu ao ser baleado, comenta que sua morte "supostamente foi pelas mãos da polícia" de Valencia, no estado de Carabobo (centro-norte), governado pelo chavismo.

Eram eles "que estavam atirando, não estavam atirando com balas de borracha, mas com balas reais, e foi um dos meus primos que caiu nessa oportunidade", afirma.

Víctor foi um dos venezuelanos que foi às ruas expressar descontentamento com os resultados anunciados após a meia-noite de domingo pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), acusado de favorecer o governo, e cuja apuração foi qualificada de fraudulenta pela oposição.

Segundo testemunhas, Víctor, pai de uma adolescente de 16 anos e de dois meninos, de 10 e um ano, levou um tiro no peito na terça-feira.

"Se você está em uma passeata pacífica, não deveriam exercer a força, nem atirar em cidadãos. Não podem matar o país, o povo, as pessoas que saem para defender seu voto, a lutar por uma Venezuela melhor", reforça Bueno em frente à casa onde era velado o corpo de Víctor, que trabalhava em uma fábrica de plásticos.

A líder opositora María Corina Machado, protagonista da campanha do candidato Edmundo González Urrutia, principal adversário de Maduro nas eleições presidenciais e cuja vitória no pleito é reivindicada pela oposição, denunciou uma "escalada cruel e repressiva do regime".

"Essa é a resposta criminosa de Maduro ao povo venezuelano, que foi às ruas em família, em comunidade, para defender sua decisão soberana de ser livres. Estes crimes não ficarão impunes", disse Machado na rede social X.

- "Ele não é um terrorista" -

Ao luto pelas mortes, soma-se a angústia pelas centenas de presos que tanto a Procuradoria quanto o governo de Maduro descrevem como "delinquentes" e "terroristas" supostamente contratados pela oposição para desestabilizar o país.

Dezenas de familiares se reúnem em frente a um quartel-general em Valencia, esperando ansiosamente por notícias de seus entes queridos. Segundo a ONG Fórum Penal, 46 pessoas foram detidas nesta cidade.

Niurka Mendoza, de 38 anos, não tem notícias do filho, Ángel, de 19 anos, desde que ele foi detido durante uma manifestação no dia seguinte à votação.

"Disseram que o prenderam porque estava nos protestos e o estão acusando de terrorismo. Não é verdade, ele não é terrorista", diz Mendoza. Ele conta que seu filho foi detido juntamente com dois menores de idade.

O procurador-geral, Tarek William Saab, disse na quarta-feira que há 1.062 detidos por "atitudes facínoras".

Entre as acusações que enfrentam estão "incitação ao ódio" e "terrorismo", crime que pode levar à pena máxima de 30 anos de prisão na Venezuela.

"Não haverá clemência, haverá justiça", disse Saab, de viés governista.

Luis Armando Betancourt, coordenador da ONG Fórum Penal em Carabobo, informou que os detidos "não puderam ter acesso a seus familiares, a advogados, e têm tido violados o devido processo e o direito à defesa".

Muitos são transferidos para "instalações militares, o que é completamente ilegal e inconstitucional", denunciou.

A angústia provocada pela incerteza do paradeiro dos detidos se mistura com a tristeza que invade os que perderam entes queridos para a repressão.

"Fico muito decepcionado com o que aconteceu porque uma frase muito popular que nosso libertador Simón Bolívar disse foi 'Maldito o soldado que levanta suas armas contra o povo'", comentou Adonis Alvarado, outro familiar de Víctor Bustos.

"E foi isto que ocorreu. Levantaram as armas contra o povo e meu primo acabou sendo assassinado no ato", acrescentou.

N.Patterson--TFWP