The Fort Worth Press - Caracas usa queda de Guaidó para recorrer de decisão sobre ouro em Londres

USD -
AED 3.673036
AFN 67.516915
ALL 93.450149
AMD 388.379901
ANG 1.797007
AOA 911.999808
ARS 1007.250214
AUD 1.54495
AWG 1.8025
AZN 1.696617
BAM 1.854894
BBD 2.013135
BDT 119.148331
BGN 1.86478
BHD 0.37693
BIF 2895
BMD 1
BND 1.342539
BOB 6.890305
BRL 5.810497
BSD 0.997032
BTN 84.045257
BWP 13.603255
BYN 3.263026
BYR 19600
BZD 2.009882
CAD 1.40531
CDF 2870.999844
CHF 0.88583
CLF 0.035424
CLP 977.469787
CNY 7.25205
CNH 7.254785
COP 4403
CRC 509.469571
CUC 1
CUP 26.5
CVE 105.674962
CZK 24.088988
DJF 177.720088
DKK 7.108471
DOP 60.502453
DZD 133.624009
EGP 49.631183
ERN 15
ETB 123.449884
EUR 0.953055
FJD 2.27645
FKP 0.789317
GBP 0.79533
GEL 2.729547
GGP 0.789317
GHS 15.693437
GIP 0.789317
GMD 71.000081
GNF 8629.999407
GTQ 7.695226
GYD 208.598092
HKD 7.782595
HNL 25.22499
HRK 7.133259
HTG 130.860533
HUF 391.544968
IDR 15918.5
ILS 3.64384
IMP 0.789317
INR 84.33895
IQD 1310.5
IRR 42087.495506
ISK 138.290187
JEP 0.789317
JMD 157.444992
JOD 0.709303
JPY 152.862048
KES 129.49913
KGS 86.792944
KHR 4050.000517
KMF 468.949741
KPW 899.999621
KRW 1395.819993
KWD 0.30768
KYD 0.830915
KZT 497.847158
LAK 21964.999558
LBP 89549.999734
LKR 290.349197
LRD 179.825013
LSL 18.039902
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.894996
MAD 10.033503
MDL 18.222083
MGA 4678.999474
MKD 58.661748
MMK 3247.960992
MNT 3397.999946
MOP 7.992375
MRU 39.915018
MUR 46.82981
MVR 15.449781
MWK 1735.999688
MXN 20.67185
MYR 4.458005
MZN 63.902996
NAD 18.039596
NGN 1692.269863
NIO 36.760517
NOK 11.141785
NPR 134.472032
NZD 1.71308
OMR 0.384993
PAB 0.997069
PEN 3.77825
PGK 3.970083
PHP 58.966499
PKR 277.749951
PLN 4.105051
PYG 7780.875965
QAR 3.6406
RON 4.742499
RSD 111.495989
RUB 105.501024
RWF 1371
SAR 3.757108
SBD 8.39059
SCR 13.122709
SDG 601.500677
SEK 10.99554
SGD 1.34579
SHP 0.789317
SLE 22.703439
SLL 20969.504736
SOS 571.493234
SRD 35.404992
STD 20697.981008
SVC 8.724393
SYP 2512.529858
SZL 18.040249
THB 34.70065
TJS 10.653933
TMT 3.51
TND 3.16725
TOP 2.342099
TRY 34.659305
TTD 6.779275
TWD 32.424501
TZS 2645.000334
UAH 41.427826
UGX 3694.079041
UYU 42.488619
UZS 12830.000083
VES 46.694918
VND 25415
VUV 118.722009
WST 2.791591
XAF 622.125799
XAG 0.032895
XAU 0.00038
XCD 2.70255
XDR 0.762694
XOF 627.498055
XPF 114.050204
YER 249.924979
ZAR 18.192202
ZMK 9001.19568
ZMW 27.49457
ZWL 321.999592
Caracas usa queda de Guaidó para recorrer de decisão sobre ouro em Londres
Caracas usa queda de Guaidó para recorrer de decisão sobre ouro em Londres / foto: © AFP/Arquivos

Caracas usa queda de Guaidó para recorrer de decisão sobre ouro em Londres

As autoridades venezuelanas alegaram perante a justiça inglesa, nesta terça-feira (23), que o governo britânico não reconhece mais Juan Guaidó como "presidente encarregado" e, consequentemente, deveriam rever as decisões judiciais que deram ao líder opositor o controle sobre o ouro da Venezuela depositado em Londres.

Tamanho do texto:

O governo e a oposição liderada por Guaidó se enfrentam desde 2019 pelo controle de mais de 30 toneladas de ouro das reservas estatais, avaliadas em 1,9 bilhão de dólares (R$ 9,4 bilhões, na cotação atual), guardadas nos cofres do Banco da Inglaterra.

Em uma complexa sucessão de sentenças, recursos e contestações, a justiça inglesa determinou que Guaidó fosse o representante legítimo do país.

Também decidiu que a junta do Banco Central da Venezuela (BCV) designada por ele poderia dar instruções ao Banco da Inglaterra na qualidade de cliente. E que a justiça inglesa não reconhece as decisões do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano por considerar, entre outras coisas, que os juízes desta corte servem às determinações do presidente Nicolás Maduro.

Esta última decisão, adotada em julho de 2022 pela juíza Sara Cockerill, da divisão comercial da Alta Corte de Londres, foi contestada pelo BCV oficial em outubro passado.

Mas à espera da análise do caso pelo Tribunal de Apelação, a realidade política mudou na Venezuela.

No fim de dezembro, a assembleia opositora, eleita em 2015 - e ainda reconhecida por países como Estados Unidos e Reino Unido, que consideram ilegítimas as legislativas de 2020 - votou por dissolver o governo interino de Guaidó.

Esta decisão foi aceita por governos como Washington e Londres, que tinham reconhecido Guaidó quando ele se autoproclamou "presidente encarregado" em 2019.

"Em 31 de janeiro de 2023, o ministério britânico das Relações Exteriores escreveu à juíza Cockerill, sem que ninguém o tivesse pedido" e "declarou que o governo não considera mais Guaidó como 'presidente interino'", afirmou na terça-feira o advogado Richard Lissack perante três juízes da Corte de Apelação de Londres.

- "O mundo mudou" -

Lissack representa desde 2022 a junta diretora oficial do BCV, presidida por Calixto Ortega, que viajou de Caracas para este novo capítulo da saga judicial.

Argumentando que "as placas tectônicas do cenário internacional estão se movimentando", o advogado pediu aos magistrados que arquivem a apelação e reenviem o caso a Cockerill para sua revisão completa.

Visto que Guaidó não é mais o "presidente interino", "o correto é voltar atrás", afirmou.

Ele não conseguiu, no entanto, convencer os juízes.

O presidente do tribunal, Stephen Males, e seus colegas, Stephen Phillips e Sarah Falk, decidiram seguir adiante com a apelação relativa às decisões do TSJ.

As vistas começaram imediatamente nesta terça e vão se estender até a quinta-feira.

Na abertura, Lissack deixou claro que, apesar de tudo, vai basear sua argumentação no fato de que Londres não reconhece mais Guaidó.

"Pede-se a eles que determinem este tema em apelação uma vez que o mundo mudou" e "determinar litígios por motivos que não existem mais no mundo real", disse o advogado aos juízes.

Males e Phillips, no entanto, expressaram dúvidas, destacando que o governo britânico não mudou de opinião sobre quem reconhecia como presidente da Venezuela em 2019, quando houve as nomeações para a direção ad hoc do BCV.

O BCV, presidido por Ortega, processou o Banco da Inglaterra em 2020, reivindicando que lhe entregasse o ouro, alegando que precisava do metal precioso para combater a pandemia de covid-19.

Ele disse, no entanto, que recebeu ordens contraditórias do BCV nomeado por Guiadó, que afirmou temer que o dinheiro fosse parar no bolso de "cleptocratas" ou servisse para reprimir a população.

Lissack assegurou, nesta terça, que o país continua precisando dos recursos por razões humanitárias e que estes deverão ser transferidos para "um fundo humanitário gerido pelas Nações Unidas em benefício do povo da Venezuela".

Ele defendeu, ainda, que os membros do BCV oficial são "banqueiros sérios, que exercem uma missão importante nas condições mais difíceis", diferentemente da junta ad hoc de Guaidó, sem funções na política monetária e que tem vários membros vivendo como exilados nos Estados Unidos.

L.Coleman--TFWP