The Fort Worth Press - Líder do Exército não aceita negociar em 6º dia de combates no Sudão

USD -
AED 3.672977
AFN 68.000338
ALL 93.019769
AMD 388.466711
ANG 1.802136
AOA 913.507442
ARS 1004.024015
AUD 1.53468
AWG 1.8025
AZN 1.702233
BAM 1.859028
BBD 2.018819
BDT 119.494913
BGN 1.86488
BHD 0.376867
BIF 2897.5
BMD 1
BND 1.343751
BOB 6.909335
BRL 5.814302
BSD 0.999857
BTN 84.485602
BWP 13.651378
BYN 3.272548
BYR 19600
BZD 2.015674
CAD 1.39568
CDF 2870.000091
CHF 0.886604
CLF 0.035278
CLP 973.429703
CNY 7.237203
CNH 7.253685
COP 4391
CRC 508.292544
CUC 1
CUP 26.5
CVE 105.62499
CZK 24.195026
DJF 177.720257
DKK 7.115305
DOP 60.4023
DZD 133.588994
EGP 49.668496
ERN 15
ETB 123.093572
EUR 0.95385
FJD 2.27125
FKP 0.789317
GBP 0.793835
GEL 2.725002
GGP 0.789317
GHS 15.849765
GIP 0.789317
GMD 70.999559
GNF 8629.999573
GTQ 7.719178
GYD 209.209595
HKD 7.78355
HNL 25.174971
HRK 7.133259
HTG 131.285912
HUF 392.284991
IDR 15927.05
ILS 3.71464
IMP 0.789317
INR 84.510799
IQD 1310.5
IRR 42104.999856
ISK 139.349642
JEP 0.789317
JMD 158.803485
JOD 0.709103
JPY 154.569674
KES 129.501289
KGS 86.498751
KHR 4049.999918
KMF 467.497654
KPW 899.999621
KRW 1399.524993
KWD 0.30763
KYD 0.833321
KZT 495.877273
LAK 21954.999924
LBP 89600.000059
LKR 290.944865
LRD 180.450432
LSL 18.110004
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.884965
MAD 9.995001
MDL 18.209124
MGA 4670.000107
MKD 58.680488
MMK 3247.960992
MNT 3397.999946
MOP 8.016062
MRU 39.904986
MUR 46.403431
MVR 15.459836
MWK 1734.999682
MXN 20.41969
MYR 4.465031
MZN 63.949792
NAD 18.109844
NGN 1687.150112
NIO 36.789902
NOK 11.067525
NPR 135.177343
NZD 1.70542
OMR 0.384985
PAB 0.999948
PEN 3.795025
PGK 4.02575
PHP 58.981496
PKR 278.050105
PLN 4.1439
PYG 7848.150595
QAR 3.64075
RON 4.747398
RSD 111.612008
RUB 101.300503
RWF 1370
SAR 3.754518
SBD 8.355531
SCR 13.660107
SDG 601.477673
SEK 11.057569
SGD 1.345855
SHP 0.789317
SLE 22.574973
SLL 20969.504736
SOS 571.492896
SRD 35.405018
STD 20697.981008
SVC 8.749543
SYP 2512.529858
SZL 18.109726
THB 34.714996
TJS 10.649728
TMT 3.5
TND 3.164995
TOP 2.342097
TRY 34.496503
TTD 6.787668
TWD 32.563503
TZS 2652.35897
UAH 41.282881
UGX 3694.533288
UYU 42.610626
UZS 12880.000006
VES 46.002271
VND 25422.5
VUV 118.722009
WST 2.791591
XAF 623.500672
XAG 0.032387
XAU 0.000374
XCD 2.70255
XDR 0.762793
XOF 619.500595
XPF 113.650183
YER 249.924982
ZAR 18.08805
ZMK 9001.213194
ZMW 27.574604
ZWL 321.999592
Líder do Exército não aceita negociar em 6º dia de combates no Sudão
Líder do Exército não aceita negociar em 6º dia de combates no Sudão / foto: © AFP

Líder do Exército não aceita negociar em 6º dia de combates no Sudão

O líder do Exército sudanês, Abdel Fatah al Burhan, descartou nesta quinta-feira (20) a negociação com o líder paramilitar, no sexto dia de combates que já deixaram centenas de mortos neste empobrecido país da África Ocidental.

Tamanho do texto:

Os confrontos eclodiram no último sábado (15) entre as forças leais ao general Burhan e as de seu ex-número dois, Mohamed Hamdan Daglo, chefe das Forças de Apoio Rápido (FAR).

"Não acredito que haja espaço para negociações políticas com as Forças de Apoio Rápido", disse o general Burhan à emissora Al-Jazeera, em seu primeiro pronunciamento desde o início do levante.

Se o general Daglo não abandonar sua tentativa de "querer controlar o país", será "esmagado militarmente", alertou o líder do Exército em entrevista por telefone ao canal catari.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os confrontos deixaram "mais de 330 mortos e 3.200 feridos".

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu, nesta quinta (20), um cessar-fogo "de ao menos três dias" no Sudão por ocasião da celebração do Eid al Fitr, que marca o fim do Ramadã, o mês sagrado de jejum para os muçulmanos.

Guterres falou por telefone com o general Burhan, que também recebeu ligações dos presidentes do Sudão do Sul e da Turquia, do primeiro-ministro etíope e dos chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Arábia Saudita e Catar, informaram os militares sudaneses.

Os Estados Unidos também anunciaram que enviaram reforços militares para a região para auxiliar na eventual retirada de seus diplomatas que ainda estão em Cartum.

- "Cheiro de morte" -

Até o momento, milhares de pessoas fugiram de Cartum para escapar de bombardeios, tiroteios e confrontos.

"Em alguns bairros do centro, o cheiro é de morte e cadáveres", descreveu um morador da capital, enquanto se dirigia para uma área mais tranquila.

"Às quatro e meia da manhã, fomos acordados pelo barulho dos ataques aéreos. Fechamos todas as portas e janelas com medo de uma bala perdida", disse à AFP outro morador de Cartum, Nazek Abdallah, de 38 anos.

Muitos moradores não tiveram escolha a não ser fugir a pé, já que o preço da gasolina disparou: um litro de combustível agora custa US$ 10 (R$ 50,80), em um dos países mais pobres do mundo.

Além disso, tiveram de abrir caminho entre os cadáveres caídos na beira das ruas, os tanques e caminhões carbonizados e evitar as áreas mais perigosas da cidade, de onde subiam espessas colunas de fumaça preta.

"As crianças estão abrigadas em escolas e creches, enquanto os combates se intensificam ao seu redor, e os hospitais infantis tiveram que ser evacuados, com os bombardeios próximos", alertou o UNICEF.

De acordo com a Agência da ONU para Refugiados presente na fronteira, entre 10.000 e 20.000 sudaneses fugiram para o país vizinho Chade.

"A maioria das pessoas que chegam são mulheres e crianças", disse a organização em um comunicado divulgado nesta quinta-feira.

- Tréguas violadas -

Desde que a luta pelo poder, há semanas latente entre os dois generais, degenerou em uma batalha campal no sábado, a confusão é total para os 45 milhões de sudaneses. Ambos os lados continuam prometendo tréguas que nunca são respeitadas.

Nas ruas cobertas de entulho, é impossível saber quem controla as principais instituições do país.

A Força Aérea, que tem como alvo as bases e as posições das FAR espalhadas por zonas povoadas de Cartum, não hesita em lançar bombas, às vezes sobre hospitais, segundo médicos.

Em cinco dias, "70% dos 74 hospitais de Cartum e das áreas afetadas pelos combates ficaram fora de serviço", segundo um sindicato de médicos.

Várias organizações humanitárias tiveram de suspender sua ajuda, crucial em um país onde mais de uma em cada três pessoas passa fome em tempos normais.

Em meio a esse caos, o Egito conseguiu, graças à mediação dos Emirados Árabes Unidos, retirar 177 de seus soldados que estavam em uma base aérea do norte do Sudão, segundo os dois países.

Outros 27 soldados egípcios, capturados pelos paramilitares, foram entregues à Cruz Vermelha sudanesa e esperam sua repatriação, disse o exército do Egito.

- Violência sexual e saques -

Três funcionários do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU morreram em Darfur. As Nações Unidas também denunciaram "saques" de seus estoques e "ataques" contra seu pessoal, inclusive sexuais.

A explosão de violência do sábado resulta das profundas divisões entre o Exército e as FAR, criadas em 2013 pelo líder autocrático deposto Omar al Bashir.

Burhan e Daglo derrubaram Al Bashir em abril de 2019, após protestos multitudinários contra suas três décadas de governo.

Em outubro de 2021, os dois lideraram um golpe contra o governo civil instalado após a saída de Al Bashir e puseram fim a uma transição apoiada pela comunidade internacional.

W.Matthews--TFWP