The Fort Worth Press - Trinta anos da perigosa rota para as Ilhas Canárias que já levou milhares de migrantes à Europa

USD -
AED 3.673042
AFN 68.800364
ALL 89.943091
AMD 388.618256
ANG 1.809697
AOA 923.000367
ARS 975.742773
AUD 1.471454
AWG 1.8
AZN 1.70397
BAM 1.780833
BBD 2.027407
BDT 119.990895
BGN 1.781803
BHD 0.37669
BIF 2913.180059
BMD 1
BND 1.303346
BOB 6.938311
BRL 5.457188
BSD 1.004143
BTN 84.256772
BWP 13.28204
BYN 3.286046
BYR 19600
BZD 2.023947
CAD 1.35795
CDF 2871.000362
CHF 0.857524
CLF 0.033526
CLP 925.08081
CNY 7.01845
CNH 7.099204
COP 4206.965627
CRC 520.828591
CUC 1
CUP 26.5
CVE 100.400637
CZK 23.103704
DJF 178.802641
DKK 6.793504
DOP 60.386979
DZD 133.43204
EGP 48.305941
ERN 15
ETB 120.122194
EUR 0.910604
FJD 2.21245
FKP 0.761559
GBP 0.762108
GEL 2.740391
GGP 0.761559
GHS 15.885272
GIP 0.761559
GMD 69.000355
GNF 8669.246529
GTQ 7.769634
GYD 210.070567
HKD 7.76645
HNL 24.967903
HRK 6.799011
HTG 132.392443
HUF 365.803831
IDR 15670
ILS 3.815945
IMP 0.761559
INR 84.03035
IQD 1315.365354
IRR 42105.000352
ISK 135.660386
JEP 0.761559
JMD 158.661507
JOD 0.708504
JPY 148.72504
KES 129.533349
KGS 84.703799
KHR 4075.574778
KMF 448.950384
KPW 899.999433
KRW 1346.870383
KWD 0.30633
KYD 0.836786
KZT 484.935124
LAK 22172.547234
LBP 89917.960392
LKR 294.905532
LRD 193.790121
LSL 17.542363
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.788527
MAD 9.821534
MDL 17.617118
MGA 4599.134987
MKD 56.107444
MMK 3247.960992
MNT 3397.999955
MOP 8.029684
MRU 39.752333
MUR 46.490378
MVR 15.350378
MWK 1741.133622
MXN 19.287039
MYR 4.221504
MZN 63.903729
NAD 17.542363
NGN 1637.680377
NIO 36.949693
NOK 10.656204
NPR 134.810835
NZD 1.623245
OMR 0.384758
PAB 1.004143
PEN 3.740496
PGK 3.999089
PHP 56.642504
PKR 278.6402
PLN 3.93179
PYG 7826.997496
QAR 3.661097
RON 4.537504
RSD 106.550421
RUB 95.606647
RWF 1360.437059
SAR 3.756281
SBD 8.278713
SCR 14.999317
SDG 601.503676
SEK 10.370404
SGD 1.303604
SHP 0.761559
SLE 22.847303
SLL 20969.494858
SOS 573.82199
SRD 31.20366
STD 20697.981008
SVC 8.785796
SYP 2512.529936
SZL 17.53517
THB 33.278038
TJS 10.69374
TMT 3.51
TND 3.071614
TOP 2.342104
TRY 34.125504
TTD 6.809925
TWD 32.286038
TZS 2736.171181
UAH 41.33913
UGX 3682.221716
UYU 41.994081
UZS 12793.0799
VEF 3622552.534434
VES 36.989445
VND 24770
VUV 118.722009
WST 2.797463
XAF 597.274755
XAG 0.031071
XAU 0.000377
XCD 2.70255
XDR 0.746733
XOF 597.274755
XPF 108.59094
YER 250.303591
ZAR 17.482504
ZMK 9001.203587
ZMW 26.432962
ZWL 321.999592
Trinta anos da perigosa rota para as Ilhas Canárias que já levou milhares de migrantes à Europa
Trinta anos da perigosa rota para as Ilhas Canárias que já levou milhares de migrantes à Europa / foto: © AFP

Trinta anos da perigosa rota para as Ilhas Canárias que já levou milhares de migrantes à Europa

Em 28 de agosto de 1994, dois saharauis foram os primeiros imigrantes irregulares registrados a desembarcar nas Canárias vindos da África. Desde então, mais de 200.000 chegaram à Espanha por esta perigosa rota, navegando centenas de quilômetros em embarcações precárias.

Tamanho do texto:

O trigésimo aniversário da abertura da chamada rota canária coincide com uma visita do presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, à Mauritânia, Gâmbia e Senegal, países de onde partem muitos dos imigrantes.

Sánchez tentará fazer com que esses países contenham as saídas, após um aumento expressivo no número de chegadas às Canárias, um arquipélago atlântico situado em frente à costa noroeste do continente africano, que atingiu um recorde histórico de 39.910 migrantes em 2023.

Mas o número pode ser superado já neste ano: mais de 22.000 migrantes já haviam chegado às ilhas até meados de agosto, mais do que o dobro do mesmo período de 2023.

A visita de Sánchez ocorre em um momento em que a Mauritânia abriga cerca de 200.000 refugiados vítimas da instabilidade no Sahel, incluindo muitos malineses, potenciais candidatos a sair em direção às Canárias, segundo uma fonte espanhola.

- A crise dos cayucos -

De acordo com dados fornecidos pelo Ministério do Interior à AFP, desde 2006 chegaram às Canárias 186.811 imigrantes, mas segundo relatórios anteriores desse ministério, pelo menos mais 30.000 chegaram entre 1994 e 2006, totalizando, portanto, mais de 200.000.

Tudo começou em 28 de agosto de 1994, quando dois saharauis chegaram em uma pequena embarcação de madeira à ilha de Fuerteventura para solicitar asilo político.

Desde então, a rota foi se tornando cada vez mais usada até 2006, ano da chamada crise dos cayucos devido à explosão de chegadas de africanos subsaarianos em tais embarcações. Foram registradas 31.678 entradas em 2024, um recorde superado apenas por 2023.

Ao "embarcar" em um cayuco, o primeiro sentimento é "o medo de morrer", lembrou à AFP o senegalês Younousse Diop, que desembarcou nas Canárias durante a crise de 2006.

A viagem de onze dias "foi um grande inferno", com "dias e noites difíceis", disse Diop, que fez a travessia com apenas 13 anos.

Acordos entre a Espanha e países como Senegal e Mauritânia para deportar seus cidadãos e o desembolso de ajudas em troca de deter as saídas fizeram com que a rota canária diminuísse, até o final da década de 2010 e, principalmente, início de 2020, quando voltou a ganhar destaque diante do endurecimento dos controles no Mediterrâneo.

- Uma rota mortal -

A rota canária, que envolve longos trajetos em embarcações instáveis desde Marrocos ou o Saara Ocidental, a cerca de 100 km, mas também desde Mauritânia, Senegal ou até Gâmbia, a cerca de 1.000 km, é muito mortal.

Durante a travessia, os cayucos ficam à mercê das fortes correntes, que provocam naufrágios ou fazem com que alguns sigam sem alcançar as Canárias e acabem no Brasil ou na República Dominicana, com todos os ocupantes mortos, como ocorreu em meses recentes.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 4.857 pessoas morreram ou desapareceram na rota canária desde 2014.

Um número que a Caminando Fronteras, uma ONG espanhola que auxilia embarcações em perigo, eleva para 18.680 pessoas desde janeiro de 2018.

O aumento das chegadas sobrecarregou as autoridades das Canárias, especialmente com relação a menores não acompanhados, que, ao contrário dos adultos, são de responsabilidade exclusiva das regiões.

O presidente regional canário, Fernando Clavijo, pediu diretamente à União Europeia que cumpra com suas responsabilidades, considerando que parte dos imigrantes não fica na Espanha, mas segue para outros países europeus.

M.T.Smith--TFWP