The Fort Worth Press - Fome não retrocedeu e afetou 733 milhões de pessoas em 2023, segundo a ONU

USD -
AED 3.673042
AFN 68.800364
ALL 89.943091
AMD 388.618256
ANG 1.809697
AOA 923.000367
ARS 975.742773
AUD 1.471454
AWG 1.8
AZN 1.70397
BAM 1.780833
BBD 2.027407
BDT 119.990895
BGN 1.783078
BHD 0.37669
BIF 2913.180059
BMD 1
BND 1.303346
BOB 6.938311
BRL 5.457188
BSD 1.004143
BTN 84.256772
BWP 13.28204
BYN 3.286046
BYR 19600
BZD 2.023947
CAD 1.35795
CDF 2871.000362
CHF 0.857524
CLF 0.033526
CLP 925.08081
CNY 7.01845
CNH 7.099204
COP 4206.965627
CRC 520.828591
CUC 1
CUP 26.5
CVE 100.400637
CZK 23.103704
DJF 178.802641
DKK 6.793504
DOP 60.386979
DZD 133.337583
EGP 48.305941
ERN 15
ETB 120.122194
EUR 0.910604
FJD 2.21245
FKP 0.761559
GBP 0.762108
GEL 2.740391
GGP 0.761559
GHS 15.885272
GIP 0.761559
GMD 69.000355
GNF 8669.246529
GTQ 7.769634
GYD 210.070567
HKD 7.76645
HNL 24.967903
HRK 6.799011
HTG 132.392443
HUF 365.803831
IDR 15670
ILS 3.815945
IMP 0.761559
INR 84.03035
IQD 1315.365354
IRR 42105.000352
ISK 135.660386
JEP 0.761559
JMD 158.661507
JOD 0.708504
JPY 148.72504
KES 129.533349
KGS 84.703799
KHR 4075.574778
KMF 448.950384
KPW 899.999433
KRW 1346.870383
KWD 0.30633
KYD 0.836786
KZT 484.935124
LAK 22172.547234
LBP 89917.960392
LKR 294.905532
LRD 193.790121
LSL 17.542363
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.788527
MAD 9.821534
MDL 17.617118
MGA 4599.134987
MKD 56.107444
MMK 3247.960992
MNT 3397.999955
MOP 8.029684
MRU 39.752333
MUR 46.490378
MVR 15.350378
MWK 1741.133622
MXN 19.287039
MYR 4.221504
MZN 63.903729
NAD 17.542363
NGN 1637.680377
NIO 36.949693
NOK 10.656204
NPR 134.810835
NZD 1.623245
OMR 0.38503
PAB 1.004143
PEN 3.740496
PGK 3.999089
PHP 56.642504
PKR 278.6402
PLN 3.93179
PYG 7826.997496
QAR 3.661097
RON 4.537504
RSD 106.550421
RUB 95.606647
RWF 1360.437059
SAR 3.756281
SBD 8.278713
SCR 15.010372
SDG 601.503676
SEK 10.370404
SGD 1.303604
SHP 0.761559
SLE 22.847303
SLL 20969.494858
SOS 573.82199
SRD 31.20366
STD 20697.981008
SVC 8.785796
SYP 2512.529936
SZL 17.53517
THB 33.278038
TJS 10.69374
TMT 3.51
TND 3.071614
TOP 2.342104
TRY 34.125504
TTD 6.809925
TWD 32.286038
TZS 2736.171181
UAH 41.33913
UGX 3682.221716
UYU 41.994081
UZS 12793.0799
VEF 3622552.534434
VES 36.989445
VND 24770
VUV 118.722009
WST 2.797463
XAF 597.274755
XAG 0.031071
XAU 0.000377
XCD 2.70255
XDR 0.746733
XOF 597.274755
XPF 108.59094
YER 250.303591
ZAR 17.482504
ZMK 9001.203587
ZMW 26.432962
ZWL 321.999592
Fome não retrocedeu e afetou 733 milhões de pessoas em 2023, segundo a ONU
Fome não retrocedeu e afetou 733 milhões de pessoas em 2023, segundo a ONU / foto: © AFP/Arquivos

Fome não retrocedeu e afetou 733 milhões de pessoas em 2023, segundo a ONU

As guerras, as dificuldades econômicas e os fenômenos climáticos extremos impediram o retrocesso da fome em 2023, que afetou 733 milhões de pessoas, mais de 9% da população mundial, segundo cinco agências da ONU nesta quarta-feira (24).

Tamanho do texto:

A situação não é a mesma no mundo todo. O número de pessoas que passam fome aumentou na África, se estabilizou na Ásia e reduziu na América Latina e no Caribe, onde 41 milhões de pessoas passaram fome em 2023.

A África é, de longe, a região com a maior porcentagem da população que enfrenta a fome: 20,4%. Na Ásia, a porcentagem é de 8,1%, na Oceania, de 7,3%, e na América Latina e no Caribe, de 6,2%.

As conclusões estão expostas em um informe conjunto da ONU com a Alimentação e Agricultura (FAO), o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O documento destaca que a insegurança alimentar crônica aumenta de maneira geral desde 2016-2017, aponta David Laborde, economista da FAO e coautor do relatório intitulado "O estado da segurança alimentar e nutricional no mundo".

A situação se agravou com a pandemia de covid-19 em 2020 e 2021. Desde então, a proporção da população que não tem as calorias suficientes para levar uma vida normal se mantém no mesmo nível.

Com esta tendência, a meta adotada pelas Nações Unidas há 9 anos, de eliminar a fome no mundo até 2030, está cada vez mais difícil de alcançar. Mais de um terço da população mundial não tem acesso a uma dieta saudável, sendo 72% em países de baixa renda.

Ainda que a economia tenha se recuperado da pandemia, a "desigualdade persiste entre os países e dentro deles", disse Laborde.

As tensões geopolíticas também desempenham um papel, "com conflitos que não vão desaparecer" e "a mudança climática começa a nos atingir com força em todos os continentes", acrescenta.

O economista lamenta que embora "o problema tenha crescido" e que as "causas fundamentais tenham se agravado", não tenha sido implementado "um grande plano" para aumentar as verbas destinadas ao combate à fome.

O relatório, apresentado durante uma assembleia do G20, no Brasil, propõe remediar esta situação com uma reforma do financiamento para a segurança alimentar e nutricional.

- Financiamento “fragmentado” -

A reforma deve começar com uma definição comum de financiamento, para que todos os intervenientes se baseiem nos mesmos critérios.

De acordo com as estimativas atuais, em teoria, faltam entre 176 bilhões e 3,9 trilhões de dólares (valor entre 982 bilhões e 21,7 trilhões de reais na cotação atual) para erradicar a fome no mundo até 2030.

A segurança nutricional e alimentar "não é apenas a distribuição de sacos de arroz em situação de urgência", diz Laborde. Também se trata de ajudar pequenos agricultores ou permitir que uma zona rural tenha eletricidade o suficiente para seu sistema de irrigação.

Os doadores, agências internacionais, as ONGs e as fundações também devem se coordenar melhor, recomenda o relatório.

"A atual logística do financiamento (...) está muito fragmentada" e existe uma "falta de consenso em torno do que se deve financiar", lamenta. "A consequência disso é uma grande quantidade de pequenas atividades de ajuda sem coordenação", acrescenta.

Outro ponto negativo do sistema atual é que as intenções dos doadores não correspondem necessariamente às necessidades das populações locais, destaca o informe.

Laborde cita como exemplo os doadores que decidiram suspender a ajuda ao Sahel pela situação geopolítica da zona, no momento em que a população precisa mais.

O relatório também apela ao desenvolvimento de instrumentos financeiros que combinem fundos públicos e privados para incentivar os agentes privados a investir na segurança alimentar, uma fonte de produtividade e estabilidade política, limitando ao mesmo tempo os seus riscos.

"Não há tempo a perder, uma vez que o custo da inação excede em muito o custo das ações recomendadas neste relatório", conclui o documento.

P.Grant--TFWP