The Fort Worth Press - Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

USD -
AED 3.673037
AFN 69.382248
ALL 89.087918
AMD 387.74983
ANG 1.804889
AOA 926.842968
ARS 962.762992
AUD 1.470686
AWG 1.80125
AZN 1.701482
BAM 1.753412
BBD 2.022028
BDT 119.677429
BGN 1.76065
BHD 0.376834
BIF 2902.514455
BMD 1
BND 1.293151
BOB 6.920294
BRL 5.415977
BSD 1.001511
BTN 83.756981
BWP 13.175564
BYN 3.277435
BYR 19600
BZD 2.018612
CAD 1.35814
CDF 2870.000027
CHF 0.84791
CLF 0.033747
CLP 931.169811
CNY 7.068699
CNH 7.074965
COP 4177.88
CRC 518.757564
CUC 1
CUP 26.5
CVE 98.854697
CZK 22.553029
DJF 178.315629
DKK 6.70311
DOP 60.121121
DZD 132.549161
EGP 48.527095
ERN 15
ETB 115.255129
EUR 0.898699
FJD 2.201249
FKP 0.761559
GBP 0.754585
GEL 2.682499
GGP 0.761559
GHS 15.773501
GIP 0.761559
GMD 69.000314
GNF 8653.281514
GTQ 7.741513
GYD 209.457218
HKD 7.79473
HNL 24.842772
HRK 6.799011
HTG 131.977784
HUF 354.168009
IDR 15199.35
ILS 3.768145
IMP 0.761559
INR 83.63905
IQD 1311.8884
IRR 42105.000093
ISK 137.040021
JEP 0.761559
JMD 157.339131
JOD 0.708697
JPY 142.913502
KES 129.189463
KGS 84.27502
KHR 4064.964116
KMF 442.502368
KPW 899.999433
KRW 1330.884964
KWD 0.30503
KYD 0.834476
KZT 479.593026
LAK 22113.742419
LBP 89681.239718
LKR 304.846178
LRD 200.268926
LSL 17.448842
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.770379
MAD 9.711993
MDL 17.473892
MGA 4512.201682
MKD 55.240768
MMK 3247.960992
MNT 3397.999955
MOP 8.038636
MRU 39.642644
MUR 45.869908
MVR 15.350156
MWK 1736.363229
MXN 19.342215
MYR 4.20954
MZN 63.898241
NAD 17.448842
NGN 1640.320281
NIO 36.851777
NOK 10.509397
NPR 134.027245
NZD 1.604711
OMR 0.38497
PAB 1.001511
PEN 3.759767
PGK 3.976063
PHP 55.690995
PKR 278.532654
PLN 3.83969
PYG 7817.718069
QAR 3.651075
RON 4.469802
RSD 105.201998
RUB 92.827918
RWF 1348.572453
SAR 3.752625
SBD 8.320763
SCR 13.626575
SDG 601.523004
SEK 10.182245
SGD 1.293565
SHP 0.761559
SLE 22.847303
SLL 20969.494858
SOS 572.343029
SRD 29.852974
STD 20697.981008
SVC 8.762579
SYP 2512.529936
SZL 17.433553
THB 33.195964
TJS 10.644256
TMT 3.51
TND 3.033283
TOP 2.349799
TRY 34.035525
TTD 6.806508
TWD 31.981979
TZS 2724.439905
UAH 41.500415
UGX 3718.795247
UYU 41.141269
UZS 12758.480028
VEF 3622552.534434
VES 36.732281
VND 24580
VUV 118.722009
WST 2.797463
XAF 588.099177
XAG 0.032399
XAU 0.000387
XCD 2.70255
XDR 0.742235
XOF 588.078087
XPF 106.919846
YER 250.350183
ZAR 17.478315
ZMK 9001.205037
ZMW 26.062595
ZWL 321.999592
Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo
Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo / foto: © AFP/Arquivos

Brasil, prestes a se tornar o maior exportador de milho do mundo

Em sua fazenda em Sinop, no Mato Grosso, o produtor rural Ilson José Redivo terminou o plantio de milho há algumas semanas, imediatamente depois da colheita de soja no mesmo terreno.

Tamanho do texto:

A "safrinha", que começou nos anos 1980 como um cultivo secundário, superou há uma década a colheita de verão e, graças a ela, espera-se que o Brasil alcance um novo recorde de produção.

Com isso, o país pode superar os Estados Unidos como maior exportador de milho, algo que aconteceu apenas em 2013.

Nesta região do Centro-Oeste, os campos se estendem até perder de vista.

Ilson José encadeia as duas culturas, soja e depois milho, em "quase 100%" de suas terras, que ocupam 1.550 hectares. A colheita do grão acontece em junho.

A produção brasileira de milho deve alcançar 124,9 milhões de toneladas (+10,4% em relação ao ano passado), das quais 76,3% correspondem a esta segunda safra, segundo o último relatório da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), publicado na semana passada.

E tudo isso apesar do "atraso na colheita de soja" devido ao "excesso de chuva" em Mato Grosso, o principal produtor de soja e milho do país e onde o inverno temperado e a distribuição de chuvas possibilitam uma segunda safra anual.

- Com ajuda dos transgênicos -

O aumento do preço do milho, impulsionado especialmente pela abertura de usinas de etanol produzido com base neste cereal a partir de 2017, estimulou os produtores a investirem na "safrinha", explica o produtor rural à AFP.

"A segunda safra de milho se tornou mais atrativa, compramos mais fertilizantes, sementes geneticamente melhoradas e máquinas agrícolas que permitem um plantio mais rápido e preciso", afirma Ilson José.

Além disso, foi possível "aumentar a superfície" destinada ao grão, "melhorar nossa produtividade e, com isso, aumentar nossa produção de forma significativa".

As variedades transgênicas ocupam atualmente quase a totalidade dos campos de milho no país.

Com as previsões atuais de produção, "o país deve aumentar seu excedente para exportação", opina João Pedro Lopes, analista de mercado de commodities para a consultoria StoneX.

Existe alta demanda pelo milho brasileiro, em especial devido aos problemas que enfrentam exportadores tradicionais como Estados Unidos e Argentina, afetados pelo clima, e também a guerra na Ucrânia.

Ademais, essa demanda é impulsionada pela abertura do mercado chinês, após a assinatura de um acordo entre o governo brasileiro e Pequim no início de 2022, destaca Lopes.

- Desafios -

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), o Brasil poderia exportar 52 milhões de toneladas de milho este ano, frente às 31,9 milhões de toneladas em 2022, e superar assim o país norte-americano, cujas projeções de exportação são estimadas em 49 milhões de toneladas.

"O Brasil está se impondo como concorrente dos Estados Unidos e tem capacidade de fazer sua produção crescer ainda mais. Ainda há muita superfície disponível para o cultivo", em espaços agrícolas já existentes, "e podemos melhorar nossa produtividade", garante Enori Barbieri, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).

Contudo, para continuar melhorando o seu desempenho internacional, ao mesmo tempo em que lida com uma demanda interna crescente - impulsionada pelas necessidades do setor de proteína animal e de etanol -, o Brasil deverá superar alguns desafios.

O país deve "ter condições de elevar os investimentos em máquinas e equipamentos no campo", para que "as atividades de semeio e colheita sejam realizadas de forma mais acelerada", além de continuar melhorando "a infraestrutura logística para o escoamento da produção", adverte Lucilio Alves, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea).

Por outro lado, a capacidade de armazenamento continua sendo insuficiente, assinala Ricardo Arioli, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

De acordo com as suas estimativas, o déficit de armazenamento apenas em Mato Grosso foi "de quase 60 % nas últimas safras" de soja e milho.

W.Lane--TFWP