The Fort Worth Press - Cinema argentino ganha prêmio em Cannes e ergue a voz contra os cortes de Milei

USD -
AED 3.673039
AFN 69.000382
ALL 89.101678
AMD 387.749826
ANG 1.804889
AOA 928.475981
ARS 962.7414
AUD 1.46872
AWG 1.8
AZN 1.710825
BAM 1.753412
BBD 2.022028
BDT 119.677429
BGN 1.76065
BHD 0.376814
BIF 2894
BMD 1
BND 1.293151
BOB 6.920294
BRL 5.425499
BSD 1.001511
BTN 83.756981
BWP 13.175564
BYN 3.277435
BYR 19600
BZD 2.018612
CAD 1.356395
CDF 2871.000085
CHF 0.84791
CLF 0.033735
CLP 930.859741
CNY 7.067977
CNH 7.07284
COP 4165.25
CRC 518.757564
CUC 1
CUP 26.5
CVE 99.250254
CZK 22.491396
DJF 177.72004
DKK 6.684975
DOP 60.203552
DZD 132.341911
EGP 48.534057
ERN 15
ETB 117.497487
EUR 0.896196
FJD 2.2003
FKP 0.761559
GBP 0.753255
GEL 2.729512
GGP 0.761559
GHS 15.701624
GIP 0.761559
GMD 68.504127
GNF 8652.498216
GTQ 7.741513
GYD 209.457218
HKD 7.793945
HNL 24.949828
HRK 6.799011
HTG 131.977784
HUF 353.230215
IDR 15202
ILS 3.750095
IMP 0.761559
INR 83.61045
IQD 1310
IRR 42092.504652
ISK 136.490277
JEP 0.761559
JMD 157.339131
JOD 0.708698
JPY 142.851991
KES 128.999539
KGS 84.275012
KHR 4069.999863
KMF 441.350282
KPW 899.999433
KRW 1329.045033
KWD 0.30494
KYD 0.834476
KZT 479.593026
LAK 22085.000237
LBP 89268.117889
LKR 304.846178
LRD 194.249486
LSL 17.502706
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.745018
MAD 9.695018
MDL 17.473892
MGA 4555.000175
MKD 55.200186
MMK 3247.960992
MNT 3397.999955
MOP 8.038636
MRU 39.715032
MUR 45.869795
MVR 15.36002
MWK 1736.00021
MXN 19.317199
MYR 4.218972
MZN 63.849846
NAD 17.499915
NGN 1640.319638
NIO 36.769417
NOK 10.503135
NPR 134.027245
NZD 1.604145
OMR 0.384961
PAB 1.001511
PEN 3.745005
PGK 3.914203
PHP 55.562997
PKR 278.098209
PLN 3.83075
PYG 7817.718069
QAR 3.64025
RON 4.457506
RSD 104.909468
RUB 92.170071
RWF 1342
SAR 3.752548
SBD 8.306937
SCR 13.623023
SDG 601.497767
SEK 10.16481
SGD 1.292595
SHP 0.761559
SLE 22.847303
SLL 20969.494858
SOS 570.999811
SRD 29.852962
STD 20697.981008
SVC 8.762579
SYP 2512.529936
SZL 17.503112
THB 33.1435
TJS 10.644256
TMT 3.5
TND 3.024035
TOP 2.3498
TRY 34.084935
TTD 6.806508
TWD 31.924966
TZS 2724.999896
UAH 41.500415
UGX 3718.795247
UYU 41.141269
UZS 12735.000116
VEF 3622552.534434
VES 36.755455
VND 24580
VUV 118.722009
WST 2.797463
XAF 588.099177
XAG 0.032507
XAU 0.000387
XCD 2.70255
XDR 0.742235
XOF 587.50055
XPF 107.297095
YER 250.324957
ZAR 17.510415
ZMK 9001.198401
ZMW 26.062595
ZWL 321.999592
Cinema argentino ganha prêmio em Cannes e ergue a voz contra os cortes de Milei
Cinema argentino ganha prêmio em Cannes e ergue a voz contra os cortes de Milei / foto: © AFP

Cinema argentino ganha prêmio em Cannes e ergue a voz contra os cortes de Milei

O filme "Simón de la montaña", do cineasta argentino Federico Luis, levou o prêmio da Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes, onde diretores do país presentes na competição criticam os cortes na cultura feitos pelo presidente ultraliberal Javier Milei.

Tamanho do texto:

O primeiro longa-metragem de Federico Luis, sobre a amizade que Simón (interpretado pelo ator Lorenzo "Toto" Ferro) estabelece com um grupo de pessoas com deficiência intelectual, foi o grande vencedor desta seção paralela que premia jovens talentos da indústria cinematográfica.

"Simón de la montaña" é uma das sete produções argentinas nesta edição do festival em suas várias seções, o maior contingente latino-americano deste ano.

Mas o evento acontece em um contexto difícil no país, imerso em uma grave crise econômica que o governo de Milei quer enfrentar reduzindo os gastos do Estado.

No caso do cinema, um corte severo foi imposto à instituição que o promove - o INCAA -, com a suspensão de programas de apoio, a demissão de mais de um quarto de seus funcionários e a interrupção do recebimento de projetos por 90 dias.

"O governo embarcou em uma cruzada contra a cultura, a ciência e a educação", disseram os profissionais do cinema argentino em um comício em Cannes no domingo, onde exibiram uma faixa gigante com o slogan "Cine Argentino Unido" (Cinema Argentino Unido).

"A indústria cinematográfica não é apenas uma questão econômica, dada a importância mínima dos cortes propostos para as finanças públicas, só podemos pensar que essas ações são um ataque ideológico", acrescentaram.

- "Arma patriótica" -

Os organizadores do festival criticaram desde o início esses cortes e apoiaram a causa dos profissionais.

O delegado geral do festival, Thierry Frémaux, defendeu o cinema como uma "arma patriótica" que pode melhorar a cultura de um país e comparou "a difícil situação" da indústria cinematográfica argentina com a boa tendência do setor no Brasil.

A Quinzena dos Diretores, uma seção paralela com foco em novos talentos, também apoiou o cinema argentino, "hoje em perigo, embora esteja repleto de cineastas únicos e empolgantes".

É exatamente nessa seção que Hernán Rosselli participa com "Algo viejo, algo nuevo, algo prestado", um filme que foi aplaudido pela crítica.

"Estamos orgulhosos de como funciona a lei do cinema e como funciona a promoção na Argentina, que é realmente única na América Latina", disse o diretor à AFP.

"Tanto a educação pública quanto o funcionamento da lei do cinema possibilitam que a Argentina tenha um cinema muito heterogêneo, um cinema de classe média e de classe trabalhadora", diz ele, acrescentando que no Chile, Brasil e México "o acesso ao cinema é geralmente mais elitista", em sua opinião.

Os profissionais do setor insistem que a indústria cinematográfica é uma fonte de trabalho para muitas pessoas e criticam o discurso do governo que, segundo eles, classifica os artistas como "parasitas do Estado", como denunciou recentemente a atriz Cecilia Roth.

"A primeira coisa que eles decidem cortar tem a ver com a cultura, e a cultura representa um país, a cultura também é uma indústria e há uma indústria cultural que gera empregos e sustenta famílias inteiras", diz Iair Said, cujo filme "Sundays More People Die" está incluído na seção ACID, de Cannes.

- Futuro sombrio -

Essas medidas terão, acima de tudo, grande impacto sobre a futura produção cinematográfica do país.

Segundo Rosselli, 2024 "é um ano perdido para o cinema argentino porque, durante a primeira parte do ano, o INCAA ficou completamente paralisado".

"Os filmes continuarão a ser feitos com muito esforço, porque os cineastas não deixarão de filmar, mas a indústria cinematográfica, o trabalho no cinema, sofrerá muito", reitera.

"É muito provável que os festivais de cinema dos próximos anos tenham pouca ou nenhuma representação argentina", de acordo com os profissionais que se manifestaram em Cannes.

"Este é o momento crucial em que você tem que levantar a cabeça e lutar com o dobro de esperança, porque quando há um grande inimigo na sua frente, o desejo de lutar se torna muito grande", diz o ator Lorenzo Ferro, protagonista de "Simón de la montaña".

T.Gilbert--TFWP