The Fort Worth Press - Museu belga dedicado à África estuda origem de suas coleções

USD -
AED 3.672971
AFN 70.207322
ALL 93.899902
AMD 396.56028
ANG 1.801095
AOA 911.99977
ARS 1030.980297
AUD 1.608234
AWG 1.8
AZN 1.744655
BAM 1.870729
BBD 2.017839
BDT 119.428397
BGN 1.881355
BHD 0.377016
BIF 2955.307396
BMD 1
BND 1.354791
BOB 6.93092
BRL 6.179398
BSD 0.999354
BTN 85.489371
BWP 13.919032
BYN 3.270475
BYR 19600
BZD 2.007413
CAD 1.435075
CDF 2870.000297
CHF 0.90331
CLF 0.036018
CLP 993.84994
CNY 7.299101
CNH 7.33702
COP 4404.92
CRC 509.05091
CUC 1
CUP 26.5
CVE 105.468302
CZK 24.188596
DJF 177.720257
DKK 7.167298
DOP 60.852722
DZD 135.753005
EGP 50.836598
ERN 15
ETB 127.650589
EUR 0.961015
FJD 2.3219
FKP 0.791982
GBP 0.796925
GEL 2.81003
GGP 0.791982
GHS 14.691141
GIP 0.791982
GMD 71.999647
GNF 8638.137506
GTQ 7.705588
GYD 209.084996
HKD 7.768085
HNL 25.391329
HRK 7.172906
HTG 130.591358
HUF 395.283983
IDR 16220.75
ILS 3.643125
IMP 0.791982
INR 85.78685
IQD 1309.16569
IRR 42087.503428
ISK 138.290047
JEP 0.791982
JMD 155.555343
JOD 0.709201
JPY 157.316503
KES 129.169641
KGS 86.999779
KHR 4021.196411
KMF 466.124994
KPW 899.999441
KRW 1470.179741
KWD 0.308028
KYD 0.832839
KZT 524.431479
LAK 21844.616084
LBP 89497.254797
LKR 292.307324
LRD 182.883378
LSL 18.745833
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.910663
MAD 10.089337
MDL 18.388078
MGA 4666.778259
MKD 59.129658
MMK 3247.960992
MNT 3397.99987
MOP 7.988541
MRU 39.813292
MUR 46.989711
MVR 15.397497
MWK 1732.89653
MXN 20.87842
MYR 4.465043
MZN 63.903729
NAD 18.745833
NGN 1545.999698
NIO 36.777541
NOK 11.387875
NPR 136.782802
NZD 1.787486
OMR 0.385017
PAB 0.999354
PEN 3.74557
PGK 4.059379
PHP 58.19596
PKR 278.295225
PLN 4.11001
PYG 7810.803702
QAR 3.644737
RON 4.780601
RSD 112.424921
RUB 110.498092
RWF 1386.622541
SAR 3.756789
SBD 8.383555
SCR 14.240269
SDG 601.481732
SEK 11.06495
SGD 1.35941
SHP 0.791982
SLE 22.801722
SLL 20969.503029
SOS 571.127956
SRD 35.273955
STD 20697.981008
SVC 8.744309
SYP 2512.530243
SZL 18.731199
THB 34.161503
TJS 10.892787
TMT 3.51
TND 3.173868
TOP 2.342101
TRY 35.365704
TTD 6.792128
TWD 32.821968
TZS 2444.999989
UAH 42.056854
UGX 3671.05861
UYU 43.836324
UZS 12896.468608
VES 51.961954
VND 25485
VUV 118.722003
WST 2.762788
XAF 627.424855
XAG 0.034634
XAU 0.000381
XCD 2.70255
XDR 0.766255
XOF 627.421854
XPF 114.072005
YER 250.375032
ZAR 18.887045
ZMK 9001.197688
ZMW 27.832325
ZWL 321.999592
Museu belga dedicado à África estuda origem de suas coleções
Museu belga dedicado à África estuda origem de suas coleções / foto: © AFP

Museu belga dedicado à África estuda origem de suas coleções

O principal museu belga dedicado à África lançou uma investigação sobre a origem de suas numerosas coleções — muitas delas saqueadas durante o período colonial —, como parte de um processo de restituição.

Tamanho do texto:

"Queremos conhecer melhor a origem dos objetos, e ver se podemos estabelecer os que foram obtidos por roubo, violência ou por manipulação", disse à AFP Bart Ouvry, diretor do enorme Museu Real da África Central, localizado em Tervuren, nos arredores de Bruxelas.

Em fevereiro de 2022, foi entregue às autoridades da República Democrática do Congo (RDC), ex-colônia belga, um inventário de mais de 80 mil objetos relacionados à cultura do país, em uma lista que inclui esculturas, máscaras, utensílios e instrumentos musicais.

Pouco depois, a Bélgica adotou uma lei que regulamenta a restituição de bens saqueados entre 1885 e 1960, período durante o qual o Congo, território atual da RDC, foi propriedade pessoal do rei belga Leopoldo II e se tornou colônia até sua independência.

Segundo Thomas Dermine, secretário de Estado belga responsável pelo caso, até o momento a RDC não apresentou qualquer pedido de restituição.

Posteriormente, é necessário criar uma comissão mista de especialistas belgas e congoleses para decidir se a aquisição dos objetos foi legítima ou não.

A famosa estátua do chefe tribal Ne Kuko — parte de uma exposição intitulada "Rethinking Collections" ("Repensando coleções", em tradução livre), que começa nesta quinta-feira (18) — é um dos símbolos do saque colonial.

"A diáspora congolesa converteu esta estátua em um símbolo da necessidade de restituição", comentou Agnès Lacaille, uma das curadoras da mostra.

O comerciante belga Alexandre Delcommune apreendeu a estátua durante um ataque lançado contra os chefes de Boma, uma região do oeste do Congo, em 1878, para puni-los por terem introduzido um aumento de impostos em suas rotas comerciais.

O historiador Didier Gondola lembrou que naquela época os objetos eram "recolhidos" por soldados, oficiais e até missionários.

- "Criou-se um vazio" -

Os pedidos de restituição de objetos saqueados da África remontam à década de 1960, quando o ditador Mobutu Sese Seko fez reivindicações por uma exposição nos Estados Unidos com artefatos congoleses procedentes de coleções belgas.

No final da década seguinte, a Bélgica já havia devolvido ao país, então Zaire, 114 objetos e peças de menor importância.

Segundo Gondola, "no tempo de Mobutu, por exemplo, os europeus diziam: 'Estamos fazendo-lhes um favor porque estamos preservando seus objetos", embora defenda que esta visão deve ser superada.

"As coisas mudaram. Em Kinshasa há um museu muito bonito, tão moderno quanto este [o da Bélgica], e onde ainda há espaço para que estes objetos sejam reintegrados ao patrimônio nacional", afirmou.

Logo, "esse medo não deveria servir como justificativa para demorarmos a empreender uma restituição rápida e efetiva", acrescentou o historiador.

Em 2022, antes da votação da lei de restituição, uma máscara gigante "kakuungu", usada para os ritos de iniciação do povo Suku, foi emprestada por "período ilimitado" ao Museu Nacional da República Democrática do Congo.

O próprio rei belga, Filipe I, apresentou a máscara durante uma visita à capital congolesa, na qual manifestou seu "profundo pesar" pelo período colonial.

Sarah Van Beurden, outra curadora da exposição em Bruxelas, destacou que às vezes o objeto em questão está relacionado ao patrimônio cultural imaterial, como determinados instrumentos musicais.

Van Beurden mencionou um xilofone "manza", saqueado entre 1911 e 1912 da província congolesa de Lower Uele.

"Quando eliminamos um objeto como este xilofone, eliminamos a possibilidade de que uma comunidade mantenha costumes culturais", explicou ela.

"Podemos devolver um objeto, mas não podemos restaurar o que essa comunidade perdeu, criou-se um vazio", completou a especialista.

W.Lane--TFWP