The Fort Worth Press - Brasil quer ser mais resiliente, após sofrer com eventos climáticos extremos

USD -
AED 3.672991
AFN 67.000252
ALL 92.450024
AMD 386.974854
ANG 1.802123
AOA 912.999737
ARS 1004.028701
AUD 1.550664
AWG 1.8025
AZN 1.691108
BAM 1.857325
BBD 2.01886
BDT 119.48491
BGN 1.852673
BHD 0.37685
BIF 2897.5
BMD 1
BND 1.345641
BOB 6.908832
BRL 5.7881
BSD 0.999886
BTN 84.392794
BWP 13.725155
BYN 3.272208
BYR 19600
BZD 2.01548
CAD 1.406181
CDF 2866.000223
CHF 0.891097
CLF 0.03535
CLP 975.409788
CNY 7.230298
CNH 7.255885
COP 4483
CRC 510.721544
CUC 1
CUP 26.5
CVE 104.898224
CZK 24.039499
DJF 177.720367
DKK 7.089925
DOP 60.450038
DZD 133.619438
EGP 49.651402
ERN 15
ETB 121.924977
EUR 0.950575
FJD 2.274992
FKP 0.789317
GBP 0.79008
GEL 2.724985
GGP 0.789317
GHS 16.050165
GIP 0.789317
GMD 71.000134
GNF 8630.999733
GTQ 7.721894
GYD 209.184836
HKD 7.781525
HNL 25.079657
HRK 7.133259
HTG 131.382772
HUF 386.447959
IDR 15958.35
ILS 3.742715
IMP 0.789317
INR 84.479796
IQD 1310.5
IRR 42104.999699
ISK 138.4698
JEP 0.789317
JMD 158.287592
JOD 0.709098
JPY 156.361045
KES 129.502089
KGS 86.3765
KHR 4051.000028
KMF 466.50319
KPW 899.999621
KRW 1407.51502
KWD 0.30742
KYD 0.833207
KZT 495.71708
LAK 21944.999736
LBP 89599.999991
LKR 292.121707
LRD 184.10406
LSL 18.19889
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.879731
MAD 9.972503
MDL 18.112322
MGA 4659.999992
MKD 58.237769
MMK 3247.960992
MNT 3397.999946
MOP 8.01546
MRU 39.965002
MUR 47.189959
MVR 15.460093
MWK 1735.000056
MXN 20.44638
MYR 4.481991
MZN 63.849926
NAD 18.19805
NGN 1679.960183
NIO 36.760158
NOK 11.163435
NPR 135.033904
NZD 1.710952
OMR 0.385021
PAB 0.999905
PEN 3.804499
PGK 3.94225
PHP 58.903501
PKR 278.101709
PLN 4.106796
PYG 7808.968491
QAR 3.64075
RON 4.728699
RSD 110.633973
RUB 99.63521
RWF 1368
SAR 3.756031
SBD 8.383384
SCR 14.744996
SDG 601.501853
SEK 11.00999
SGD 1.34649
SHP 0.789317
SLE 22.704736
SLL 20969.504736
SOS 571.497762
SRD 35.356496
STD 20697.981008
SVC 8.749122
SYP 2512.529858
SZL 18.2053
THB 35.012982
TJS 10.658475
TMT 3.5
TND 3.151972
TOP 2.342103
TRY 34.33943
TTD 6.789045
TWD 32.619503
TZS 2660.000286
UAH 41.219825
UGX 3669.445974
UYU 42.477826
UZS 12799.999732
VES 45.453079
VND 25400
VUV 118.722009
WST 2.791591
XAF 622.917458
XAG 0.032786
XAU 0.000389
XCD 2.70255
XDR 0.753255
XOF 620.493331
XPF 113.383085
YER 249.849892
ZAR 18.284165
ZMK 9001.203741
ZMW 27.421652
ZWL 321.999592
Brasil quer ser mais resiliente, após sofrer com eventos climáticos extremos
Brasil quer ser mais resiliente, após sofrer com eventos climáticos extremos / foto: © AFP

Brasil quer ser mais resiliente, após sofrer com eventos climáticos extremos

Selmar Klunk soube por grupos do WhatsApp, pouco após o meio-dia de 4 de setembro, que a situação em Encantado, pequena cidade gaúcha, estava fora de controle por causa das inundações.

Tamanho do texto:

Depois de quase 24 horas de chuvas intensas, o rio Taquari, que margeia o município, transbordou completamente. Klunk deixou seu trabalho e, com água na altura da cintura, se juntou a voluntários que evacuavam vizinhos de suas casas, na parte baixa da cidade.

"Pegou todo mundo de surpresa, não estávamos preparados. Com um plano, teria sido possível salvar [muitas] vidas", lamentou este homem de 52 anos, que trabalha com turismo. Ao menos 51 pessoas morreram no Rio Grande do Sul por causa daquelas cheias. Sete continuam desaparecidas.

A 2.000 km de Encantado, um grupo integrado por cientistas, funcionários do governo e ONGs começou a discutir em um seminário, realizado no fim de setembro, em Brasília, como preparar o Brasil para mitigar os efeitos dos eventos climáticos extremos.

Diagnósticos apontam que os fenômenos que têm impactado o país reiteradamente nos últimos tempos tendem a se repetir.

Agora mesmo, o Amazonas sofre com uma seca extrema que ameaça o abastecimento de meio milhão de pessoas.

A isto se somam as inundações do mês passado no Rio Grande do sul e as chuvas recorde de fevereiro em São Sebastião, no litoral de São Paulo, que causaram deslizamentos, que mataram 65 pessoas.

"O problema da mudança do clima e dos eventos extremos [é] que batiam à nossa porta, agora a arrebentam, entram nas nossas casas e se instalam da pior forma possível", disse a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante o seminário, promovido por sua pasta após a tragédia em São Sebastião.

- Vulnerabilidade -

Estima-se que no Brasil, 10 milhões de pessoas, distribuídas em 1.038 municípios - quase um quinto do total - estejam vulneráveis a eventos climáticos extremos, segundo o Centro de Monitoramento e Alertas Naturais (Cemaden), um órgão federal.

"Temos que ter um sistema de alerta rápido, áreas de fuga. Como as pessoas vão se proteger para não perder suas vidas e ter o mínimo de prejuízo possível?", defendeu Marina.

A ministra assegurou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está trabalhando para conter o avanço das mudanças climáticas, por exemplo, reduzindo o desmatamento na Amazônia e, ao mesmo tempo, para se adaptar aos efeitos de um processo que "já está em curso".

O Brasil está "na vanguarda na busca de soluções de adaptação", afirma Jean Ometto, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O cientista coordena a ferramenta "Adapta Brasil", plataforma que mapeia todos os municípios e, processando bases de dados, determina seu nível de risco frente aos eventos climáticos.

O sistema calcula, por exemplo, o risco de deslizamentos de terra e inundações, segundo fatores como características do terreno, tipo de urbanização e condição socioeconômica da população, explica Ometto.

A plataforma "é inovadora" e pode ajudar os tomadores de decisões a agirem com base em "informações que têm densidade científica", afirma o especialista.

Manter a Amazônia de pé é chave para evitar novas catástrofes, afirma o cientista Carlos Nobre, estudioso da maior floresta tropical do planeta, co-ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2007 como integrante da equipe de especialistas que compõem o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.

No entanto, "há uma urgência gigantesca para que, além de mitigar as emissões, tornemos os brasileiros mais resilientes aos extremos climáticos", disse Nobre, ao qualificar como "inevitável" a repetição dos desastres.

- "Campeão em prevenção" -

Mami Mizutori, representante da ONU para a redução do risco de desastres, defende que os governos parem de "apenas responder" aos fenômenos climáticos extremos.

"Logicamente que as respostas são importantes, mas é preciso dar mais importância à prevenção. É preciso uma infraestrutura mais resiliente, diminuir a vulnerabilidade da sociedade e ter um bom sistema de governança", disse Mizutori à AFP, durante visita ao Brasil.

Ele se mostrou otimista em relação ao país, destacando a luta de Lula contra "a desigualdade e a pobreza".

"O Brasil se encaminha para se tornar um campeão mundial na prevenção e na redução do risco de desastres", acrescentou a representante da ONU.

H.Carroll--TFWP