Comitiva do governo visita Manaus e anuncia medidas contra seca extrema
Uma comitiva do governo federal, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, visitou Manaus, nesta quarta-feira (4), para avaliar a emergência causada pela seca extrema na região e definir medidas para mitigar seus impactos.
“Levamos o vice-presidente da República (...) e sua comitiva ao Porto de Manaus para mostrar a régua histórica de medição do nível do rio Negro e conversar com alguns trabalhadores da área portuária”, publicou no Instagram o governador do estado, Wilson Lima, junto com um vídeo da visita às instalações.
Depois, as autoridades, incluindo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobrevoaram áreas afetadas pela seca, de acordo com a imprensa.
A estiagem afeta cerca de 500 mil dos quatro milhões de habitantes do Amazonas e o governo do estado decretou situação de emergência em 55 dos 62 municípios do estado.
Os níveis críticos dos rios da região dificultam a navegação, chave para o transporte e abastecimento das comunidades locais, cuja população consomem água dessas fontes.
Além disso, a redução da vazão provocou uma mortandade alarmante de peixes.
O governo “tem olhado com atenção para a seca que está atingindo o estado do Amazonas e elaborou um plano de contingência para enfrentar a situação”, afirmou Alckmin em suas redes sociais.
A comitiva, segundo o vice-presidente, viajou a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está se recuperando de uma cirurgia no quadril realizada na última sexta-feira.
A principal preocupação é garantir o fornecimento de água, alimentos, combustíveis e medicamentos à população, indicaram as autoridades.
A seca também impactou os estados vizinhos Rondônia e Acre.
O governo federal liberou 138 milhões de reais para obras de dragagem nos rios Solimões e Madeira, a fim de garantir a navegabilidade dessas vias.
A região sofre atualmente com o fenômeno 'El Niño', que reduz a formação de nuvens e, consequentemente, das chuvas, cujo impacto se torna cada vez mais intenso no Brasil, um país particularmente "vulnerável" às mudanças climáticas, segundo Marina Silva.
H.Carroll--TFWP