The Fort Worth Press - Santiago respira melhor depois de décadas de contaminação

USD -
AED 3.673025
AFN 68.000474
ALL 93.02026
AMD 388.466711
ANG 1.802136
AOA 913.498985
ARS 1003.990419
AUD 1.535473
AWG 1.8025
AZN 1.703112
BAM 1.859028
BBD 2.018819
BDT 119.494913
BGN 1.865705
BHD 0.376905
BIF 2897.5
BMD 1
BND 1.343751
BOB 6.909335
BRL 5.814602
BSD 0.999857
BTN 84.485602
BWP 13.651378
BYN 3.272548
BYR 19600
BZD 2.015674
CAD 1.397075
CDF 2870.000138
CHF 0.88679
CLF 0.035284
CLP 973.590189
CNY 7.235798
CNH 7.255525
COP 4390.5
CRC 508.292544
CUC 1
CUP 26.5
CVE 105.624964
CZK 24.210407
DJF 177.720346
DKK 7.11744
DOP 60.403608
DZD 133.587786
EGP 49.671971
ERN 15
ETB 123.398836
EUR 0.954275
FJD 2.2963
FKP 0.789317
GBP 0.793955
GEL 2.724982
GGP 0.789317
GHS 15.849983
GIP 0.789317
GMD 71.000041
GNF 8630.000202
GTQ 7.719178
GYD 209.209595
HKD 7.782925
HNL 25.175013
HRK 7.133259
HTG 131.285912
HUF 392.649975
IDR 15921.85
ILS 3.71219
IMP 0.789317
INR 84.486598
IQD 1310.5
IRR 42105.000205
ISK 139.420269
JEP 0.789317
JMD 158.803485
JOD 0.7091
JPY 154.50898
KES 129.498382
KGS 86.491543
KHR 4049.999882
KMF 469.650117
KPW 899.999621
KRW 1400.354986
KWD 0.30764
KYD 0.833321
KZT 495.877273
LAK 21959.999768
LBP 89550.000273
LKR 290.944865
LRD 180.25028
LSL 18.109739
LTL 2.95274
LVL 0.60489
LYD 4.884975
MAD 10.01395
MDL 18.209124
MGA 4670.999775
MKD 58.714642
MMK 3247.960992
MNT 3397.999946
MOP 8.016062
MRU 39.915037
MUR 46.400064
MVR 15.450074
MWK 1735.999934
MXN 20.411085
MYR 4.46498
MZN 63.902276
NAD 18.109792
NGN 1694.17998
NIO 36.790097
NOK 11.065015
NPR 135.177343
NZD 1.705611
OMR 0.38499
PAB 0.999948
PEN 3.795027
PGK 4.026501
PHP 58.980495
PKR 277.912179
PLN 4.144406
PYG 7848.150595
QAR 3.64075
RON 4.748905
RSD 111.645038
RUB 101.299081
RWF 1371
SAR 3.754185
SBD 8.355531
SCR 13.660962
SDG 601.487009
SEK 11.060521
SGD 1.34643
SHP 0.789317
SLE 22.585039
SLL 20969.504736
SOS 571.495264
SRD 35.405036
STD 20697.981008
SVC 8.749543
SYP 2512.529858
SZL 18.120494
THB 34.733968
TJS 10.649728
TMT 3.51
TND 3.153028
TOP 2.342098
TRY 34.477585
TTD 6.787668
TWD 32.550798
TZS 2652.358996
UAH 41.282881
UGX 3694.533288
UYU 42.610626
UZS 12879.999989
VES 46.272339
VND 25422.5
VUV 118.722009
WST 2.791591
XAF 623.500672
XAG 0.032492
XAU 0.000374
XCD 2.70255
XDR 0.762793
XOF 622.000038
XPF 114.249984
YER 249.899323
ZAR 18.10309
ZMK 9001.199618
ZMW 27.574604
ZWL 321.999592
Santiago respira melhor depois de décadas de contaminação
Santiago respira melhor depois de décadas de contaminação / foto: © AFP

Santiago respira melhor depois de décadas de contaminação

Santiago respira melhor. Considerada uma das cidades mais contaminadas da América Latina, a capital chilena reduziu como nunca a poluição do ar desde que começou fazer medições em 1997. Confira a seguir, as medidas adotadas na capital para melhorar seu próprio ar.

Tamanho do texto:

1. - Vigilância permanente -

Situada entre montanhas, Santiago vira uma grande panela de pressão no inverno. As temperaturas baixas e a ventilação menor impedem que os gases contaminantes circulem, cobrindo a cidade com uma densa camada cinza. O período mais crítico é entre maio e agosto.

Mas este ano, no mesmo período, a capital chilena registrou seu menor índice de contaminação desde 1997, quando as medições começaram. Em 2023, houve 17 episódios de alerta frente aos 50 de 2015, o mais contaminado dos últimos oito anos.

A cidade onde vive cerca da metade dos 19 milhões de chilenos e que, segundo as medições da empresa suíça IQAir, é a capital mais contaminada da América Latina, instalou uma vasta rede de estações de monitoramento.

"Se você não medir o problema, dificilmente vai solucioná-lo", disse à AFP Marcelo Mena, ex-ministro do Meio Ambiente e professor da Universidade Católica de Valparaíso.

A partir destas medições, que poucos países fazem na América Latina, Santiago adota medidas quando a contaminação alcança níveis perigosos para a saúde: restringe-se a circulação de automóveis e as fábricas mais contaminantes são paralisadas, entre outras ações.

Em todo o Chile, calcula-se que a contaminação atmosférica por partículas finas cause cerca de 3.000 hospitalizações e aproximadamente 4.500 mortes por ano.

Mena estima que Santiago tenha reduzido sua contaminação entre 70% e 75% nas últimas três décadas.

2. - Medições direcionadas -

A medição é direcionada. No jardim de infância Ichuac, uma pré-escola pública do município de Peñalolén, no leste de Santiago, dois monitores de baixo custo medem a qualidade do ar.

"Tomamos decisões baseados na informação que nos fornecem", disse sua diretora, Alejandra Urrutia.

Se o indicador está vermelho significa que a contaminação chegou a um grau de risco para a saúde humana, então as atividades físicas das crianças são reduzidas e pede-se aos pais que desliguem os motores dos carros quando vierem buscar seus filhos.

Além de borrifar o chão com água antes de varrer, explica Urrutia.

A inciativa beneficia 104 crianças que frequentam essa creche, um oásis verde, com horta e estufa próprias, em uma área pobre da capital chilena.

3. - Transporte elétrico -

Santiago conta com 2.000 ônibus elétricos, pouco mais de 30% da frota. Outros 2.600 são "ecológicos" ou com norma Euro VI de emissões.

"Essa frota põe Santiago como a cidade fora da China com a maior quantidade de ônibus elétricos, uma modernização que se traduz em menos contaminação, menos ruído e outras vantagens", destaca o ministro dos Transportes, Juan Carlos Muñoz.

As autoridades preveem que até 2040 todo o transporte público da capital chilena será elétrico.

A cidade também conta com uma rede de metrô de 140 km, seis linhas e 136 estações. A linha metroviária utiliza exclusivamente fontes de energias renováveis.

Praticamente toda a frota - de mais de seis milhões de veículos - possui conversores catalíticos que reduzem as emissões.

No entanto, a eletrificação dos automóveis privados avança bem lentamente. Menos de 1% dos carros que hoje circulam pela cidade são elétricos.

4. - Calefação elétrica -

Dentro do plano de descontaminação, Santiago proibiu o uso de lenha nas residências. Ainda assim, nas regiões vizinhas à cidade, este combustível ainda é usado, o que contribui em 38% para a contaminação, de acordo com o ministério do Meio Ambiente.

Por sua vez, o governo promove, mediante subsídios, a troca por aquecedores elétricos, mais eficientes e baratos em relação aos que funcionam a gás natural ou querosene. Além disso, reduziu o preço da tarifa de energia elétrica, eliminando uma sobretaxa que era cobrada no inverno.

Hoje, um de quatro lares no Chile usa calefação com eletricidade, estima Medina.

O Chile também impôs desde 2017 normas de construção para diminuir o uso dos aquecedores, entre elas a instalação de janelas duplas e o uso de materiais especiais que retêm o calor por mais tempo.

Mas caso queira seguir avançando na redução da contaminação, Santiago deve tomar medidas mais ambiciosas que reduzam, por exemplo, as emissões do setor de transportes e industrial, que "seguem sendo altas", adverte Nicolás Huneeus, pesquisador do Centro de Ciência do Clima e da Resiliência.

"As medidas não são suficientes para mitigar os episódios críticos até 2050", argumenta.

T.M.Dan--TFWP